Cajó, treinador do Beira-Mar, e Nuno Raquete, treinador do Pampilhosa, fizeram o lançamento da final da Taça Distrital a disputar este domingo (17:30), em Aveiro.
Dois técnicos que não ´pegaram´ no início da época nas respetivas equipas, tendo assumido os cargos após ´chicotadas´. O Beira-Mar não atingiu o objetivo, que era a promoção, acabando em segundo lugar a ver a festa do Lourosa. Chegou à final afastando o Fiães nas grandes penalidades. No regresso à primeira distrital, os ´Ferroviários´ sentiram muitas dificuldades, mas, ajustado o plantel, fizeram uma boa recuperação até à quinta posição. Afastaram o São João de Ver nas meias finais da Taça, também com recurso a penaltis.
Aqui fica a partilha de expetativas em jeito de antevisão, sem nenhum dos técnicos abrir muito o jogo, de uma final que promete equilíbrio e disputa de parte a parte, atendo à força dos coletivos, mas também de alguns valores individuais que podem ser decisivos.
Ambos os finalistas não tiveram uma época no campeonato à altura do que traçaram. A Taça Distrital pode ser um prémio?
Cajó – A Taça é encarada desde a primeira eliminatória com um só objectivo: vencê-la. Depois de tudo o que vivemos e lutámos este ano, tudo iremos fazer por merecê-la conquistar.
Nuno Raquete – Com o afastamento precoce da luta pelo campeonato, a Taça foi um objetivo que traçamos e estar na final é a possibilidade de o concretizar.
Curiosamente, tanto o Beira-Mar como o Pampilhosa terminam a época em bom plano.
Cajó – A nossa equipa está bem, unida e a praticar um bom futebol, mas mais do que atravessar um bom momento, está focada ao máximo na tarefa que temos pela frente. Queremos muito que a nossa época perdure até dia 17 de Junho.
Nuno Raquete – Os resultados positivos trouxeram confiança e fizemos um final de campeonato com a equipa a evoluir de jogo para jogo, o que permite pensar que estamos na melhor fase da época.
Quais os vossos trunfos ?
Cajó – Sabemos que se conseguirmos impor o nosso jogo, estaremos muito mais perto de vencer o encontro.
Nuno Raquete – O momento atual da nossa equipa e motivação de jogar uma final contra um clube histórico do futebol português.
A final em Aveiro poderá ter influência?
Cajó – Jogar no EMA não é propriamente jogar em casa, pelo menos por agora, já que não treinamos lá nenhuma vez ao longo da semana, mas certamente estamos mais preparados para jogar lá do que o nosso adversário, pelo número de jogos que já disputámos naquele estádio este ano. Mas para quem lá joga pela primeira vez, aquele estádio traz ainda uma motivação acrescida. Portanto, o que fará um pouco a diferença, no meu ponto de vista, será o número de adeptos afectos a cada equipa que irá marcar presença fará nas bancadas.
Nuno Raquete – As regras já estavam estabelecidas desde o princípio, tem sido “a casa” do Beira-Mar , mas tem que ser um privilégio jogar naquele estádio e ainda por cima uma final.
O que espera do seu adversário. No campeonato, cada equipa venceu em sua casa. É a hora de ajustar contas ?
Cajó – O Pampilhosa é uma equipa muito experimentada e com muita qualidade individual no seu plantel e certamente vão querer dar tudo para ganhar o jogo, pois o investimento foi grande e a classificação ficou muito à quem do que se esperava.
Nuno Raquete – Não se trata de um desempate, porque é um jogo de cariz diferente do campeonato, não há margem de erro , porque não temos outro jogo para recuperar.
Baixas ?
Cajó – Confirmadas estão as baixas de João Figueiredo, Aranha (castigo) e Serginho.
Nuno Raquete – A única baixa é o Chiquinho por castigo.
Uma mensagem final.
Cajó – Penso, sinceramente, que quem se deslocar ao estádio para assistir ao jogo, esperando que seja em grande número, não dê o seu tempo como perdido e posso assistir a um bom espectáculo de futebol, em dois jogos em que só pode haver um vencedor. Que se faça a festa nas bancadas e no final que vença o melhor.Estão reunidas todas as condições para que isso vá acontecer e conto com os nossos “Auri-negros” para fazerem a diferença nas bancadas, que nós também tudo iremos fazer dentro do campo. Bom jogo às três equipas.
Nuno Raquete – Como nota final gostava que este jogo fosse um desafio interessante. Com futebol de qualidade e que refletisse toda a competitividade que se registou ao longo da época . Um abraço e saudações desportivas.