Murtosa: Junta cede Assembleia Theatro à Câmara para obras de beneficiação

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Assembleia do Theatro, Torreira.
Comercio 780

O município da Murtosa e a Junta de Freguesia da Torreira acordaram esta segunda-feira a transferência para a alçada da Câmara, a responsabilidade de proceder à reabilitação do Assembleia Theatro, o edifício cultural da freguesia.

Ao abrido do contrato de comodato, a edilidade ficou também com “os poderes/deveres de gestão do espaço, por forma a restituir à comunidade um equipamento cultural de grande relevância”, refere uma nota de imprensa municipal.

A decisão permite, assim, “ir ao encontro da imposição legal, segundo a qual o município pode executar obras em edifícios que lhe pertençam ou que sejam colocados ao seu serviço.”

E permite abrir caminho ao lançamento, “nos próximos dias, do concurso público da empreitada de reabilitação daquele espaço emblemático.”

A Câmara aceitou o contrato “reconhecendo, por um lado, a importância que o histórico imóvel teve e pode vir a ter na dinâmicas culturais e sociais da freguesia e do concelho, e por outro lado, a incapacidade da Junta de Freguesia da Torreira, dona do edifício, fazer face ao avultado investimento necessário à sua imprescindível reabilitação”.

Armazéns de apoio à arte xávega em execução

A Câmara da Murtosa informa também que arrancou a empreitada de construção de três armazéns de apoio à arte xávega na praia da Torreira, orçada em 357.768 euros.

As infraestruturas serão disponibilizadas às três companhas que atualmente operam no concelho, permitindo “qualificar as condições do exercício da atividade, beneficiando uma comunidade com grande relevância económica, social e cultural, ajudando a perpetuar artes de pesca que fazem parte da matriz identitária das gentes da Murtosa.”

Serão construídos três pavilhões, a sudoeste do estacionamento automóvel existente junto à EBI da Torreira, com uma área coberta de cerca de 180 metros quadrados.

Os armazéns terão no piso térreo uma área de garagem para recolha de veículos e aparelhos e palamentas das embarcações, uma pequena sala de refeições com “kitchenette” e dois balneários completos. O piso superior, em “mezzanine” foi idealizado para trabalhos com as redes de pesca, desde a sua recolha até reparações e armazenagem.

A intervenção, conclui a Câmara, “proporcionará à nossa comunidade piscatória uma dignificação das condições de operação, qualificando, ao mesmo tempo, a imagem urbana da zona norte da praia da praia.”

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