Quercus pede local alternativo para central fotovoltaica nos limites de Águeda e Mortágua com corredor a Anadia

1533
Mapa da instalação de central fotovoltaica.
Dreamweb 728×90 – Video I

A associação ambientalista Quercus, através do seu núcleo regional de Aveiro, alertou para “alguns impactes decorrentes da implementação de uma central fotovoltaica de grande dimensão” na zona do Cabeço Santo, entre as Serras do Brejo e do Caramulo, nos concelhos de Águeda, Anadia e Mortágua que levam a defender uma localização alternativa à pretendia.

Os receios foram transmitidos no âmbito da consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto de instalação da designada ‘Central Fotovoltaica do Cabeço Santo’ que é promovida pela empresa Paraimo Green (Grupo Altri).

Artigo relacionado

Central fotovoltaica a criar na ‘extrema’ de Águeda e Mortágua inclui corredor até Anadia

A área a ocupar é propriedade da Altri Florestal, que explora os eucaliptais para abastecimento de rolaria para celulose, pretendo converter o uso do solo (147,56 hectares de espaços florestais) para instalar painéis solares de produção de energia elétrica.

A opção tomada pelos promotores merece discordância da Quercus, para quem “a execução do potencial fotovoltaico deverá ser em coberturas de unidades industriais ou em outras áreas que não promovessem o sequestro e armazenamento do carbono”.

A associação dá conta, também, da proximidade a “áreas sensíveis” classificadas (biótopo Corine Serra do Caramulo e a 2,5 km da Zona Especial de Conservação Ria de Aveiro no caso do corredor da linha elétrica), lembrando, ainda, por exemplo, que o Plano Diretor Municipal de Águeda não prevê o novo espaço industrial e no concelho vizinho de Mortágua tem condicionantes impostos pela Reserva Ecológica Nacional.

A zona a ocupar pela Central Fotovoltaica do Cabeço Santo está, também, próxima de “um interessante projeto de conservação associativo com apoio da Quercus numa área com potencial de 120 hectares, o Projeto Cabeço Santo” que promove a restauração ecológica e paisagística.

A Quercus considera que existem “alternativas de localização que deviam ter sido consideradas, nomeadamente as coberturas de unidades industriais
com painéis fotovoltaicos que evitavam a conversão de um espaço florestal, com os impactes associados.”

Medidas reclamadas caso o projeto avance

» Plano de compensação de abate de floresta (com a plantação de floresta autóctone;
» Plano de controlo e gestão de espécies exóticas invasoras.

Artigo relacionado

Quercus alerta para impactes da Central Fotovoltaica do Cabeço Santo

Publicidade, serviços e donativos

» Está a ler um artigo sem acesso pago. Faça um donativo para ajudar a manter o NotíciasdeAveiro.pt de acesso online gratuito;

» Pode ativar rapidamente campanhas promocionais, assim como requisitar outros serviços.

Consultar informação para transferência bancária e aceder a plataforma online para incluir publicidade online.