‘Lab Cívico’ surge em Aveiro para “aprofundar a democracia participativa e envolver as comunidades locais”

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Bairro de Santiago, Aveiro.
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O ‘laboratório cidadão’ (Lab Cívico) que está a ser criado na cidade de Aveiro, primeiro do País, já tem sede, no bairro de Santiago, e irá ser apresentado a 12 de março.

Segundo uma nota de imprensa, o grupo promotor integra profissionais de várias áreas (urbanismo, arquitetura, design, tecnologia, ensino e investigação, entre outras) “com experiências em projetos de inovação cívica”, nomeadamente ‘Vivó Bairro’, ‘VivaCidade Aveiro 2’ ou o ‘Aveiro SOUP’ .

O laboratório cívico lançado agora a título experimental “em articulação” com as Florinhas do Vouga, uma instituição de solidariedade social, escolheu o bairro de Santiago, “tendo em conta o notável trabalho desenvolvido por um conjunto de instituições locais” naquela que é uma das principais zonas habitacionais da cidade.

Entre os promotores surge José Carlos Mota, docente e investigador da Universidade de Aveiro que tem sido um dos rostos mais ativos em movimentos cívicos locais, como os ‘Amigos d’Avenida’.

Os “laboratórios cidadãos têm vindo a surgir em várias cidades europeias em resposta à necessidade de se aprofundar a democracia participativa e de envolver as comunidades locais na construção de soluções experimentais para alguns problemas do seu quotidiano.”

Dos exemplos conhecidos é apontado o ‘Experimenta Distrito’ promovido pelo Medialab-Prado em Madrid, Espanha, onde “há uma perspetiva de participação associada à experimentação cidadã, com um carácter cultural e lúdico, visando a melhoria da vida da comunidade e a construção de ações coletivas.”

O ‘Lab Cívico’ de Santiago assume-se “como um exercício onde os cidadãos identificam problemas e anseios comuns e experimentam formas colaborativas de resposta através da partilha de ideias, saberes e vontades, num clima de respeito e tolerância”, aprendendo a aperfeiçoar tais processos e, assim, “contribuir para a melhoria da vida dos membros da sua comunidade.”

Os laboratórios são abertos a todos os cidadãos enquanto promotor de uma ideia para melhorar o bairro, respondendo a um desafio público, ou como colaborador do promotor da ideia. Para ajudar o trabalho, funcionará um coletivo de mediadores.

“O projeto” de caráter “voluntário e cívico” irá iniciar-se com uma convocatória para reunir propostas de iniciativas locais, sendo expectável que sejam concretizadas/materializadas cerca de dez iniciativas”, refere o grupo promotor que irá usar o espaço ‘Meninarte’ das Florinhas do Vouga.

Mais informação sobre o ‘Lab Cívico’ de Santiago, Aveiro

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