Culturista assume tráfico de droga mas nega roubo com agressões e ameaça de cão perigoso

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Tribunal de Aveiro.

Um culturista atualmente a cumprir tempo de cadeia por violência doméstica assumiu, no início do julgamento de um outro processo no Tribunal de Aveiro, que traficava droga (haxixe e cannabis) na zona de Estarreja, onde era residente.

O homem de 33 anos ressalvou que não fazia vida daquela atividade ilegal, a qual seria destinada, garantiu, apenas a garantir o consumo próprio para “relaxar” das exigências do treino do desporto que praticava. “Quando não tinha dinheiro, às vezes ia buscar droga para desenrascar outros. Umas vezes comprava, outras vezes vendia”, afirmou.

O arguido negou a outra acusação que lhe é imputada, por suposto roubo agravado de que terá sido vítima um indivíduo com quem, supostamente, acordara, através de um site de anúncios, a venda de uma moto de alta cilindrada, apropriando-se de 1.350 euros sem entregar o veículo de duas rodas com recurso a agressões físicas e sob ameaça de “soltar” um cão de raça perigosa que tinha consigo na altura.

“Já disse [no inquérito] que essa pessoa era um traficante, precisava de desenrascar alguma droga e deram-me o contato dele. A amostra que deu era de qualidade mas depois tentou vender porcaria. Honestamente, bati-lhe, foi um estalo que até voou. Uns dias depois disse-me que tinham desaparecido 1.350 euros que trazia e ia fazer queixa à polícia. Inventou isso da venda da moto para se vingar. Não tenho nenhum cão perigoso, nem parecido é com um pitbull, é um cruzado, está registado”, afirmou o acusado.

Confrontado com o Procurador do Ministério Público, reduziu a ‘show off” as imagens constantes do processo em que surge através do Facebook a exigir uma grande quantidade de notas, assegurando que a foto era mais antiga do que o alegado roubo. Sobre uma mensagem na qual mostra interesse em comprar “meio quilo” de droga, negou que o tivesse feito. “Nunca comprei essa quantidade”, garantiu.

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