Aveiro / Ponte açude do Rio Novo: Presidente da Câmara pede “calma, paciência e saber sofrer um bocadinho”

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Rio Novo do Príncipe, Cacia.

“Saber sofrer um bocadinho”. É o que pede o presidente da Câmara de Aveiro aos moradores nos lugares da freguesia de Cacia que estão a ser afectados pelo ‘arranque’ das obras da chamada ponte açude do Rio Novo do Príncipe (Rio Vouga).

O assunto foi levantado na última reunião do executivo realizada sábado passado em S. Jacinto pelo vereador do PS Rui Soares Carneiro, fazendo eco de “reclamações” que lhe chegaram de residentes devido ao “movimento constante” de camiões carregados de terra que passam junto a habitações, o que, se prevê, irá durar “largos meses.” Referindo-se aos trabalhos em curso na margem esquerda do Rio Vouga, o eleito do PS questionou se seria possível “um outro percurso” para o circuito diário de pesados entre Cacia e a Zona Industrial de Taboeira. Uma alternativa, sugeriu, seria as viaturas circularem até ao nó de Angeja da A25, rumarem pela EN 109 e depois o fazer percurso rural para o destino final.

Na resposta, o presidente da Câmara admitiu que, nesta altura, o percurso adotado é inalterável, apelando à compreensão dos residentes. “Temos de ter calma, paciência e saber sofrer um bocadinho”, pediu Ribau Esteves. O edil lembrou que se trata de uma obra que o País está para fazer “há 40 anos”, os últimos oito sob liderança da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), mas que marcou passo “por muito motivos, alguns não nobres”, obrigando a ultrapassar vários obstáculos. “Foi muito difícil, vai continuar a ser difícil. Somos muito reservados a falar desta obra”, lembrou o autarca que também lidera da Região de Aveiro.

O circuito dos camiões de acesso ao local de trabalhos ficará como está definido. “Não podemos perder tempo, a obra não pode parar”, referiu Ribau Esteves, adiantando que, graças ao arranjo feito pela Navigator já é possível a circulação pela margem esquerda, deixando um alerta para o movimento de máquinas pesadas. “Estaremos muito atentos na relação com a zona urbana de Cacia, especialmente de Sarrazola e Vilarinho”, garantiu.

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O executivo camarário aprovou, entretanto, uma comparticipação do município de 9 mil euros para a elaboração do projeto de qualificação da margem esquerda do do Rio Novo do Príncipe (entre a ponte do Outeiro e a ponte açude), que está a cargo da CIRA, tendo recebido comparticipação europeia. A empreitada da obra em causa está estimada em 4 milhões de euros. A intervenção serve para proteger os espaços urbanos de Cacia, Sarrazola e Vilarinho, enquanto a margem direita, com terrenos agrícolas confinantes, funcionará como descarregador em caso de subida anormal do nível das águas.

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