Aveiro / Obras: APA informada do ‘rombo’ na Rua do Sal / Rossio vedado para trabalhos pesados

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Assembleia Municipal de Aveiro.
Comercio 780

As obras na Rua do Sal e jardim do Rossio motivaram pedidos de esclarecimentos e reparos na Assembleia Municipal que esteve reunida esta quinta-feira à noite.

Temas levantados durante o período destinado a analisar a comunicação sobre os últimos meses de gestão camarária entre setembro e novembro.

Sobre a empreitada para a criação da nova praça ajardinada e estacionamento subterrâneo, que tem 16 meses previstos de trabalhos pela frente, António Salavessa, da CDU, mostrou preocupação devido à decisão de “fechar tudo ao mesmo tempo”, quando, na sua opinião, seria recomendável executar por fases, como acontece na Avenida Lourenço Peixinho. Apontou como consequências negativas o aumento de pressão sobre os moradores na zona, nomeadamente devido à retirada de lugares de estacionamento, e focos de insegurança criados pela passagem junto ao canal.

Ivo Costa, eleito do Bloco de Esquerda, abordou a obra de reparação do ‘rombo’ na Rua do Sal, contígua ao canal da salinas.

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Os “trabalhos complementares” em curso levaram Francisco Picado (PS) a questionar os encargos envolvidos e a que entidade (projetista, empreiteiro, dono da obra) será imputada “a responsabilidade pelo que aconteceu”.

Sobre o Rossio, o presidente da Câmara, adiantou que a empreitada “vai ter vários momentos”, justificando a colocação de taipais pelas obras em causa, de “grande densidade técnica”, com maquinaria pesada, garantindo acompanhamento para “compaginar o melhor possível” com a vida local” e, se necessário, com “aspetos melhorados”.

“A esmagadora maioria das pessoas é a favor, agora é concentração total na obra”, referiu o edil, deixando ainda o empenho em “ganhar bem todos os processos” judiciais relacionados com a intervenção, numa resposta à tomada de posição do Movimento Juntos pelo Rossio, que “renasceu para a cidadania após a paixoneta aguda com o PS”.

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Para Ribau Esteves, o problema do estacionamento no bairro da Beira Mar “só se vai resolver” com a requalificação urbana prevista pela Câmara, que já tem projeto concluído para a primeira fase.

Quanto à reparação de uma extensão de 25 metros da Rua do Sal que ruiu devido, segundo a Câmara tem apontado, à existência de um ‘poço de correntes’ contíguo, a empreitada de assentamento de pedra deverá ficar pronta em janeiro ou fevereiro do próximo ano, altura em que será oficialmente inaugurada.

O presidente mantém como estimativa de custos meio milhão de euros. Adiantou que a autarquia irá preparar um relatório técnico “para dar conhecimento do problema que aconteceu na jurisdição” da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que embora seja a entidade gestora da Ria “recolhe taxas e não faz nada”.

O autarca não se mostrou esperançado em ver aquele organismo desconcentrado do Ministério do Ambiente assumir os custos, lembrando que nem o pagamento dos trabalhos para retirar uma baleia morta da ria em S. Jacinto (10 mil euros) foram, ainda, pagos ao prestador de serviço.

Obras de reparação da Rua do Sal, Aveiro (foto de João Campos Monteiro).

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