Greve dos trabalhadores da AT gera “fortes constragimentos” em Aveiro

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AT - Autoridade Tributária.
Comercio 780

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) mostra-se satisfeito com a adesão à greve iniciada na quarta-feira e que se prolonga até dia 31 de Dezembro, afectando todos os serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

“Seguindo o mesmo registo de todo o país, no distrito existiram fortes constrangimentos, tendo encerrado diversos serviços de finanças e os restantes estão a funcionar com grandes limitações de recursos humanos”, informa um comunicado da direção distrital do sindicato.

No distrito, existem 23 serviços de finanças, incluindo direção de finanças, Loja do Cidadão e serviços da Alfandega de Aveiro.

O STI entendeu dar a conhecer os efeitos que a greve teve “para informar e acautelar toda a população.”

Nos serviços tributários e aduaneiros que não encerraram “o número de funcionários é reduzido, diminuindo muito a qualidade do atendimento, encerrando mesmo algumas secções.”

Ao longo destes dias encerraram serviços em Aveiro (Aveiro 1, Aveiro 2), Ílhavo, Oliveira do Bairro, Vagos, Anadia, Mealhada, Albergaria-A-Velha, Águeda, Feira 3 (Corga de Lobão), São João da Madeira, Castelo de Paiva, com fortes constrangimentos em muitos dos outros.

Segundo o comunicado, os trabalhadores dos impostos reivindicam um regime de carreiras que se enquadre na estrutura criada em 2012 com a criação da AT, em resultado fusão da então DGCI (impostos), DGAIEC (alfandegas) e DGITA (informática), “que desde essa data teima em não estar definida, o que cria dificuldades e sentimento de impotência no exercício das nossas competências. Competências essas que são de todo o interesse para o país.”

Ainda sobre a greve, o sindicato considera que este protesto é assumido como último recurso. “Sabemos que criamos dificuldades nestes dias de luta, mas os fins para os quais lutamos são muito mais importantes para todos e para o país. Todos os cidadãos precisam de saber isso”, refere.

A ausência de respostas da tutela merece crítica: “A Secretaria de Estado dos Assuntos Ficais e a direção da AT sabem que as carreiras têm de ser adequadas à nova estrutura da AT, mas mantém a fragilidade da nossa ação, prejudicando gravemente o país”.

Os trabalhadores das AT mostram-se empenhados no “combate à fraude e evasão fiscal para um Portugal mais justo para toda a população”, funções que “pretendem exercer com a maior qualidade e imparcialidade.”