Recolha de lixo doméstico com nota positiva da Câmara

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Veolia, Aveiro.
Comercio 780

O presidente da Câmara relativizou as queixas ouvidas na Assembleia Municipal dando conta de problemas na recolha de lixo urbano após a entrada ao serviço do novo concessionário, considerando o desempenho já satisfatório.

Ana Seiça Neves, do PS, referiu-se, concretamente, a insatisfação na zona do bairro da Beira Mar, por menor regularidade da passagem dos camiões, com lixo colocado fora de contentores esgotados.

A operação motivou comentários também a propósito da compensação que a Câmara decidiu pagar à anterior empresa para sanar processos judiciais motivados pela não renovação, como era reclamado.

Para Rita Batista, do Bloco de Esquerda, foi “um erro” não acautelar a rescisão com a SUMA que “custou 750 mil euros”, temendo, também, que o serviço possa ter de sofrer acertos financeiros como sucedeu com os transportes.

Pedro Pires da Rosa argumentou que a autarquia “teria poupado” a indemnização negociada para chegar a um acordo extra judicial “se tivesse ouvido” o PS.

“A Câmara podia ter sido mais prudente, é evidente que o contrato tinha de ser revisto. Tanto assim é que neste impasse jurídico houve a continuação do serviço e a SUMA fez a preço muito inferior”, referiu

O deputado socialista recomendou que fosse solicitado à Veolia repor o serviço com “a normalidade” da anterior concessão, chamando a atenção para “acertar as agulhas com alguma velocidade”.

Segundo Francisco Picado, também da bancada do PS, a poupança obtida na escolha da Veolia não garante a qualidade anterior, por isso existirá o risco de acontecer com os lixos “uma réplica” do contrato com a AveiroBus, já renegociado.

“Um bom negócio e uma boa operação”

Ribau Esteves começou por lembrar que a indemnização tinha como “risco máximo” 13 milhões de euros, que foi o valor do contrato vencedor e um mínimo de 1,3 milhões (10 por cento).”

Chegámos a acordo para acabar com seis processos judiciais com uma entidade com a qual temos muitas outras parcerias. Pagar 750 mil euros é usar oito meses do ganho financeiro do novo contrato. É um bom negócio e uma boa operação”, garantindo estranhando a posição do PS que “votou a favor” na Câmara e depois “destilou um comunicado a malhar”.

Sobre a operação iniciada em outubro, decorrem os três meses de transição, para já, assegurou, sem problemas de maior, pelo contrário. “Está a correr muito bem, com uma ou outra situação, mas não é verdade que todos os dias está lixo à volta dos contentores. Aconteceu durante uma parte do dia, mas globalmente a empresa está a ser cumpridora”, referiu o edil.

O executivo estará “muito atento” para ao fim de um mês tomar medidas necessárias a melhorar o serviço que passou a contar com mais 400 contentores. A opção foi aumentar a capacidade de armazenamento para diminuir a recolha em certas zonas, bem como diminuir o trabalho de varredura, que não era necessário como estava a ser feito e representava o segundo maior custo.

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