Quatro anos e meio de cadeia por enganar concessionário no aluguer de veículos

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Tribunal de Aveiro.

Um mecânico atualmente preso por furtos, residente na zona de Guimarães, foi hoje condenado no Tribunal de Aveiro a quatro anos e meio de cadeia, efetiva, por crimes de abuso de confiança (2) e falsificação de documentos (3, mais um do que estava acusado).

Terá ainda de pagar uma indemnização de 40 mil euros ao concessionário da cidade de Aveiro que enganou no aluguer de viaturas para pretensas atividades de transporte.

Aquando do início do julgamento, o arguido negou a prática dos crimes, mas o juiz presidente considerou que existe prova do contrário. Pesou ainda o facto de não ter reparado o prejuízo causado.

O processo remonta a 2010, quando o homem alugou um veículo ligeiro de passageiros e uma carrinha de mercadorias também ligeira, fazendo-se passar por sócio gerente de uma empresa de transportes e entregou cheques de caução.

Ao final do primeiro mês, e mantendo as viaturas na sua posse, não só não pagou o aluguer como pediu mais trinta dias, levantando suspeitas à concessionária, que viriam a ser confirmadas.

A empresa de transportes desconhecia o suposto sócio gerente, bem como os contratos em causa.

O mecânico nunca mais entregou os veículos e os cheques da caução vieram devolvidos.

Uma das viaturas foi apanhada em imagens de videovigilância de uma gasolineira onde o condutor abasteceu e fugiu. Está também referenciada por passar em portagens de autoestradas sem pagar.

O arguido, que esteve vários anos contumaz, cumpre atualmente pena por furtos de auto rádios mas tem outro emprocessos pendentes.

No início do mais recente julgamento, pelos factos envolvendo o concessionário em Aveiro, assumiu que assinou os contratos de aluguer, mas não falsificou documentos.

Na versão apresentada, trabalhava como sócio gerente de uma firma de transportes que estava a ser montada por um empresário do ramo em Oliveira do Bairro. Desligar-se-ia da atividade ao fim de um mês, porque, alegadamente, não recebeu ordenado. Justificou o pedido para mais tempo de aluguer porque andava a trabalhar para o mesmo empresário na montagem de equipamentos de tv por cabo.

‘Além dos alugueres não pagos (cerca de dois mil euros), a marca de viaturas lesada ficou sem um dos veículos no valor de 18 mil euros, até hoje com destino desconhecido. A outra foi recuperada pela PSP, embora danificada e com matrículas falsas.

Comercio 780