Novo Governo herda muitos motivos de queixa em Aveiro

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Assembleia Municipal de Aveiro.

Ribau Esteves diz que ainda é tempo de dar o “benefício da dúvida” ao novo Governo socialista, agora liderado com maioria absoluta, por António Costa e aguardar algum tempo por respostas a várias reivindicações pendentes relacionadas com o concelho. Mas nem por isso poupa nas críticas.

Na Assembleia Municipal realizada esta quinta-feira foram lembrados alguns dos dossiês, que estão na gaveta à espera de decisões.

Miguel Silva, presidente da Junta de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz (PSD-CDS-PPM) questionou a ausência de avanços para a reabertura nova unidade de saúde, que deixou grande “mágoa” junto da população local. Lembrou, ainda, o problema da ‘praga de jacintos’ que afeta, há muito, a pateira.

Jorge Greno (CDS), entre outros temas ligados à governação do País, retomou críticas à Justiça pela demora em dotar Aveiro de “instalações condignas” para o Tribunal de Família e Menores, que teria alternativa já encaminhada, embora novamente provisória.

O eleito não compreende que o Governo tenha “milhões” para gastar na TAP e na linha de alta velocidade mas “não arranja uns trocos para a Justiça e hospital” para Aveiro, concluindo que o município e a região “continuam a ser profundamente mal tratados”.

Apesar de entender que o Governo ainda precisa de mais algum tempo de instalação, Ribau Esteves, não poupou nas críticas devido à inação nos temas abordados.

Na justiça, acusou o PS de “demagogia”, pessoalizando no “deputado Filipe Neto Brandão e companhia”, por “exercícios que não prestam”, ao ter assumido compromissos relacionados com serviços de justiça locais “apenas para ser simpático” com fins eleitorais, para ser reeleito. “É uma vergonha a oferta de todo o sistema judicial em Aveiro”, lamentou, garantindo que a Câmara manterá “a pressão” para assegurar melhores instalações judiciais.

Em relação à unidade de saúde de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz, o autarca disse que tinha “más notícias”, mostrando desagrado com orgãos desconcentrados (Administração Regional e Agrupamento de Centros de Saúde) porque “andaram a mentir, a mim e a todos os cidadãos”. É que, afinal, o financiamento da nova unidade não estará no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a ‘bazuca’, como teria sido assumido “por escrito”. Agora estará relegado para outra listagem, a do novo programa Portugal 2030.

“É feio, imoral e ilegal”, afirmou Ribau Esteves, acusando o Ministério da Saúde de prestar “um péssimo serviço à população”. De resto, compreende a dificuldade em manter os médicos porque “não querem trabalhar naquelas condições”.

Da parte da edilidade, mantém-se a disponibilidade para entregar terreno, projeto e desenvolver a obra.

Sobre a praga de jacintos, espera que as Finanças “desencrave a autorização” para colocar em marcha uma intervenção da Agência Portuguesa de Ambiente para intervir em toda a bacia hidrográfica.

Discurso direto

“Nós cidadãos é que temos de fazer um esforço, o presidente sabe como é difícil fazer negociações e muitas vezes não é com os ministros (…). Aveiro necessita, somos capital, devemos ter todos serviços de justiça. Dizer que o Filipe Neto Brandão é demagogo é uma injustiça.  Esteve sempre disponível para ajudar, ele e os outros deputados do PS e do PSD tem essa obrigação” – Ana Seiça Neves, deputada do PS.

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