Cadeia foi “um mal que veio por bem”, disse juíza ao suspender nova pena de traficante reincidente

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Tribunal de Aveiro.

O Tribunal de Aveiro condenou, esta tarde, com penas de prisão suspensas, um casal residente em Aveiro que estava acusado de tráfico de droga.

O homem, já com antecedentes pelo mesmo crime, foi condenado a cinco anos de cadeia e a companheira a quatro anos e quatro meses.

O inquérito em causa resultou de uma certidão extraída de um outro processo, envolvendo uma rede de tráfico, já julgado na Comarca de Aveiro.

O arguido assumiu os factos relacionados com o tráfico, refutando apenas a posse de armas proibidas (munições, arma branca e bastão extensível), acusação que ‘caiu’ por falta de provas. Os artigos foram encontrados no exterior da residência onde viviam com os pais e era frequentada por outras pessoas.

Apesar de ter problemas com a justiça desde os 16 anos, e cumprido pena de cadeia após a maioridade, igualmente por tráfico de droga, a juíza presidente justificou a suspensão aplicada ao homem pela colaboração dada no julgamento, assim como “a particular preocupação” evidenciada com “a repercusão do processo”, nomeadamente ao ser colocado perante possibilidade de regressar à cadeia. “Um mal que veio por bem, a pena que cumpriu foi determinante para os seus atos em julgamento”, afirmou a magistrada.

“Estará ciente das consequências negativas da sua conduta mas fica com regras a cumprir. Se não cumprir, a guilhotina cai-lhe na cabeça”, alertou ainda.

O homem terá de aceitar ser acompanhado, provar “empenho” em ter ocupação profissional e ser sujeito a despiste de consumos aditivos.

Já sobre a companheira, notou o tribunal em seu favor, “está plenamente integrada na sociedade e trabalha”.

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