Bombeiros do distrito insistem em “financiamento justo e equilibrado”

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Aniversário dos Bombeiros da Feira (Foto Sintonia Feirense).

O novo presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro (FBDA) revela preocupação com a sustentabilidade financeira das associações humanitárias, reivindicado o reforço de apoios estatais e autárquicos.

Miguel Aguiar Soares, presidente dos Bombeiros de Vale de Cambra, assumiu a estrutura federativa formada por 29 associações de corpos de bombeiros para o triénio 2021-23 num momento de agravamento das ‘tesourarias’ dos soldados da paz, em grande medida devido às implicações da pandemia do Covid-19.

As queixas são antigas, mas não encontraram ainda respostas adequadas. “As prioridades dos bombeiros são sempre a luta por um financiamento justo e equilibrado, que tenha em conta a realidade dos bombeiros, que não tenha expressão momentânea relacionada com qualquer evento, como é o caso dos fogos florestais, agora incêndios rurais, porque temos durante o ano uma atividade muitíssimo mais vasta, os fogos florestais correspondem a 10 por cento do trabalho dos bombeiros”, refere o presidente da FBDA numa entrevista a divulgado pelo jornal online NotíciasdeAveiro.pt a pretexto do arranque do novo mandato.

Para Miguel Aguiar Soares, “é preciso que os diversos atores, nos diversos níveis de decisão, consigam perceber o papel desempenhado pelos bombeiros e reconheçam a sua especial diferença no contexto do associativismo de um modo geral”.

Os bombeiros reclamam mais apoio financeiro do Estado, para que são contratados “a preços de saldo”, com maior equilíbrio nas verbas atribuídas a voluntários e sapadores para reduzir “diferenças brutais” a favor dos últimos.

Quanto às Câmaras Municipais, a FBDA lança o desafio para a criação de “um caderno de encargos mínimo” do que deve ser o apoio autárquico, em vários casos ainda distante do que os bombeiros necessitam para equilibrar as contas face às exigências de proteção civil.

A entrevista a publicar por NotíciasdeAveiro.pt analisa outras preocupações dos bombeiros, avalia as consequências da pandemia na atividade operacional e na gestão financeira, assim como as apostas da direção federativa.

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