Aveiro: Reforço dos autocarros é possível “em caso de necessidade” – Ribau Esteves

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Reunião da Assembleia Municipal de Aveiro, em Nossa Senhora de Fátima.
Comercio 780

O presidente da Câmara de Aveiro apelou aos munícipes para que comuniquem a ocorrência de problemas nos transportes públicos, reafirmando que o desempenho da concessionária é satisfatório,  mas existe margem para melhoras.

Ribau Esteves falava, ao princípio da noite, na Assembleia Municipal descentralizada no edifício sede da União de Freguesias de Nossa Senhora de Fátima, Requeixo e Nariz.

O assunto foi levantado no período aberto ao público por Ângelo Costa, que se apresentou como membro da comissão de utentes dos transportes públicos.

O munícipe aludiu na sua intervenção a vários casos para contrariar o balanço positivo que a Câmara tem feito da concessão.

“Dizem que está mesmo bom. Eu que estou por dentro, posso dizer: está tão mau”, afirmou, apontando “carreiras que não se realizaram”, deixando crianças e trabalhadores sem transporte, “atrasos e desvios sem aviso consoante os motoristas” ou utentes “descarregados fora das paragens”.

“Anda tudo descoordenado. Como o presidente vê esta situação ?”, questionou Ângelo Costa, lembrando que o sul do concelho permanece sem transporte noturno.

Na resposta, o edil disse que ia “tomar boa nota” dos reparos, embora deixando claro que tem “uma leitura completamente diferente da realidade” das carreiras. “É tão falso dizer que está tudo bem como dizer que está tudo mal, precisamos de equilíbrio”, referiu.

A Câmara tem uma equipa de fiscalização dos transportes. “Sabemos quais são as falhas, com uma ou outra exceção. Sabemos ao minuto quantos passageiros entraram nos autocarros”, referiu.

Os problemas que vão surgindo devem ser comunicados pelos utentes. “O que peço é que quando conhecerem uma situação errada, uma carreira que não se faz, um motorista que fez algo errado, informem para agirmos. Em regra sabemos quando acontecem e agimos com a empresa, algumas não saberemos”, disse.

O presidente reafirmou a satisfação com os transportes na globalidade. “A operação está bem, tem falhas, mas queremos que sejam cada vez menos e lutamos para que sejam zero”.

As obras na Rua do Freixo, que faz acesso à Riablades, obriga a desvios. O mesmo sucederá em Julho, quando começar a reconstrução da rua Direita, em Verba.

Já quanto aos transportes noturnos, a Câmara irá assumir encargos “quando houver necessidade e for importante aumentar a oferta”, como terá sucedido em março de 2018, “Quando fizer sentido uma ou duas horas mais tarde, está na nossa mão”, referiu.

As ligações ao sábado e domingo poderão também ser reforçadas, “por causa de quem trabalha no turismo”.

Ouviram-se, ainda, outras queixas recorrentes em Nossa Senhora de Fátima. O munícipe que deu conta das falhas nos transportes trouxe à Assembleia Municipal também a insatisfação pela ausência de médico na extensão de saúde.

Um segundo cidadão que tomou da palavra retomou o problema da insegurança na EN 235, nomeadamente no chamado cruzamento da Bica.

O presidente lembrou que “o posto médico é da responsabilidade do Ministério da Saúde”. Além da “pressão” que tem feito, espera que a tutela venha a “honrar” o compromisso de instalar a Unidade de Saúde Familiar “com dois a quatro médicos” no novo edifício que a Câmara decidiu suportar. Até lá, Nossa Senhora de Fátima fica dependente da disponibilidade de médicos do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES), que está previsto retomar em julho, embora muito condicionada pelo período de férias, no Verão. Ainda para mais, num concelho que passou a ter mais 4500 inscritos nos serviços de saúde desde o início do ano, adiantou.

Sobre o cruzamento da Bica, a Infraestruturas de Portugal tem adiantado o projeto para requalificar a EN 235, da ligação à A1 até à rotunda de acesso à Unidade de Tratamento Mecânico Biológico (UTMB), permanecendo o avanço ‘no terreno’ dependente de autorização do Ministério das Finanças para ‘libertar’ os 2 milhões de euros necessários para as várias obras, incluindo as rotundas que vão desfazer o atual ‘ponto negro’.

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