Aveiro: Projeto imobiliário pode acabar com degradação urbanística junto à renovada estação

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Zona da antiga estação de Aveiro.
Comercio 780

Um novo projeto imobiliário poderá ajudar a ‘limpar’ a degradação atual de alguns velhos prédios junto à antiga estação da CP, em Aveiro, que ficaram ainda mais expostos com a demolição da antiga ‘Pensão Barros’.

Já não é a primeira vez que se fala no assunto e no passado foram faladas outras propostas que não saíram do papel.

Apesar de subsistirem ainda algumas dúvidas e negociações para fechar acordos, pode estar mais perto o avanço de uma solução urbanística.

A informação foi transmitida pelo presidente da Câmara na última Assembleia Municipal após o um novo alerta, desta fez vindo da bancada do CDS.

O contraste entre a reabilitada estação, agora transformada em posto de atendimento turístico no rés de chão, e, do outro lado, edifícios escorados para não caírem de vez, levaram o deputado Jorge Greno a sugerir colocar “uma tela para tapar aquela miséria”, escondendo da vista de quem chega à cidade um cenário “que é bastante feio”.

A segurança para bens e pessoas naquela concorrida esquina das ruas João de Moura e Cândidos dos Reis, uma preocupação apontada, parece acautelada, mas não deixa de assustar.

Jorge Greno lembrou outros casos de “poluição visual” na cidade e não só, provocada por edifícios abandonados a meio da construção.

Para além do conjunto de edificado existente no canal de S. Roque, foram apontados os casos do já muito falado edifício na esquina da rua Oudinot com a Avenida Lourenço Peixinho, uma vivenda em Esgueira, lojas na rua de Timor (Forca) e um edifício habitacional junto ao ‘parque dos amores’.

“Haverá algum instrumento que permita à Câmara atuar mais rapidamente sobre estas situações ?”, questionou o deputado municipal do CDS.

O presidente da Câmara assumiu que, da parte do município, tem sido feita “pressão” para que “aconteçam coisas boas” na envolvente da antiga estação, não vendo necessidade de mandar colocar telas.

Adiantou que a proprietária do edifício que fica no início da Rua Cândido dos Reis (Fundação António Pascoal) “está vendedora e a Câmara já aprovou o projeto à entidade compradora”, mas “precisam muito do terreno da antiga pensão Barros”. O problema, nesta altura, será que os sócios da empresa proprietária deste último terreno não se entendem quanto ao destino a dar à parcela.

“O nosso trabalho é motivar e incentivar os privados”, disse Ribau Esteves, mostrando-se, ainda assim, “muito confiante” que o projeto em causa possa “ver a luz do dia e em pouco tempo começar obra”.

Em resposta ao CDS, explicou ainda que “a capacidade de agir legalmente” por parte da edilidade em casos de construções abandonados “é no nosso direito muito reduzida”, esperando que o “mercado” possa encontrar soluções.

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