Aveiro: Localização do crematório e encargos motivam dúvidas do PS

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Cemitério Sul, Aveiro.

A “qualidade” do projeto de arquitetura e o tarifário proposto vão ter uma ponderão de 60 %, em partes iguais, na avaliação técnica e económica que a Câmara de Aveiro fará das propostas que venham a ser apresentadas no âmbito do concurso para a conceção, construção e concessão a 30 anos do chamado ‘complexo crematório e de casas mortuárias’ do concelho que o executivo aprovou ontem lançar com a abstenção do PS.

Já a proposta de retribuição a pagar ao município, que terá uma carência de dois anos, e o prazo de execução do projeto e da obra, representam os 20% cada. “São critérios muito equilibrados”, comentou o presidente da edilidade.

A autarquia já investiu cerca de 550 mil euros para adquirir três imóveis na Rua Aires Barbosa, junto ao Cemitério Sul de Aveiro, com a área total de 1.494,90 metros quadrados, onde pretende localizar o futuro crematório.

Aquando da discussão da proposta de concurso público, na reunião do executivo, Manuel Oliveira de Sousa, vereador do PS, deu conta que a oposição camarária discorda da localização do equipamento, bem como do modelo de concessão. “A implatação urbana, no centro, merece um debate mais alargado, levando em conta quem vai servir, é para a região, a necessidade de acessbilidades. Podia ficar associado a outro cemitério”, sugeriu o eleito socialista para quem a manutenção do crematório sob gestão camarária poderia “estabilizar” os custos a imputar aos utilizadores (ler comunicado do PS).

O processo segue para apreciação de deliberação da Assembleia Municipal.

Discurso direto

“A pretexto de um crematório, quisemos resolver o problema que a cidade tem de capelas mortuárias. Ficará próximo de um cemitério que tem capacidade para receber as cinzas. A Câmara deveria assegurar este investimento ? Vamos ver as propostas que cheguem para o crematório. Não temos noção dos valores. Não sei se há Câmaras Municipais a fazerem a gestão por administração direta destes equipamentos” – Ribau Esteves, presidente da Câmara.

“Procura crescente”

» Este é um investimento importante, considerando que a opção pela cremação no município regista uma procura crescente e sendo que na Região de Aveiro não existem crematórios, obrigando muitas das vezes as agências funerárias da região a recorrerem aos equipamentos de São João da Madeira, Figueira da Foz e do Porto, com os inconvenientes de deslocação e lista de espera, que as mesmas acarretam para os nossos concidadãos (comunicado da Câmara).

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