Aveiro: Câmara torna lotes na Fonte Nova mais apelativos para hasta pública

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Cidade de Aveiro, zona da Fonte Nova.
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O presidente da Câmara está confiante no aparecimento de investidores no leilão de oito imóveis colocados à venda com um preço base, global, de 6,2 milhões de euros, com a eventual receita já destinada a amortizar a dívida municipal.

A proposta foi aprovada na Assembleia Municipal extraordinária, esta terça-feira à noite, por maioria, com a abstenção do PAN e os votos contra dos eleitos do PCP e do BE. Estes últimos defenderam, novamente, a utilização dos terrenos, casas e fogos em causa para alargar a oferta de habitação, nomeadamente ir ao encontro da procura de arrendamento.

Alguns dos lotes, que ficaram sem licitação aquando da primeira hasta pública em abril passado, estão mais apelativos para atrair potenciais compradores. Assim aconteceu com com os terrenos no Plano de Pormenor do Centro (PPC) na Fonte Nova. A proposta inicial agrupava os lotes em dois pares, por cerca de 6,5 milhões de euros. Por reações chegadas do ‘mercado’, a Câmara optou agora por vender cada parcela per si (duas por 1,3 milhões de euros e outras duas por 1,4), baixando, também, o valor global para 5,4 milhões de euros.

A Câmara, segundo informou Ribau Esteves, recebeu “abordagens” para a venda por negociação particular, mantendo, contudo, a opção de repetir a hasta pública.

No conjunto de imóveis a leiloar figura mais uma casa do bairro da Misericórdia, junto ao hospital, a necessitar de obras profundas, uma casa degradada no Paço, Cacia, e uma fração em Santiago.

O presidente da Câmara esclareceu que não há ainda decisões tomadas para alternativa à venda em hasta pública a agendar, se esta falhar.

Questionado pela bancada do PS sobre a reavaliação que levou à redução de 15% do preço base global, assegurou que assenta em critérios técnicos dos peritos consultados. “Tem a ver com os relatórios de avaliação, não tem a ver com a vontade do Zé Presidente”, ironizou.

Ribau Esteves lembrou que a Câmara tem meio milhão de euros para comparticipar obras nos bairros do Caião e Griné (300 famílias), propriedade do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana . “Estamos à espera que avancem”, lamentou.

O edil está mais otimista com a possibilidade de privados investirem em habitação a custos controlados, incluindo na cidade.

Atualmente, cerca de 230 famílias estão inscritas na autarquia à procura de habitação.

A Câmara já reabilitou quase uma centena de fogos, 66 destinados a famílias que não tinham casa. Está em curso uma obra de 4 milhões de euros para continuar a reabilitar o parque habitacional do município.

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