Arguido e mulher vítima de violência doméstica em silêncio no tribunal

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Tribunal de Aveiro.

Um sexagenário em prisão preventiva começou a ser julgado, esta segunda-feira, no Tribunal de Aveiro, por crimes de violência doméstica, ofensas à integridade física, ameaças e posse de armas proibidas.

As vítimas são a mulher com quem vive há 20 anos numa freguesia dos arredores da cidade de Aveiro e o enteado num quadro de alcoolismo que seria comum aos três elementos do agregado familiar.

O arguido remeteu-se ao silêncio depois de confrontado com a acusação que lhe imputa vários episódios violentos ao longo do tempo, incluindo agressões físicas, por vezes com paus e ferros, assim como ameaças de morte.

A mulher, chamada enquanto testemunha, limitou-se a dizer que queria “tudo de bom para o marido”, escusando-se a prestar declarações sobre os factos.

Quando o arguido foi detido em abril do ano passado, após ameaças, foram-lhe apreendidas duas espingardas caçadeiras e munições que tinha em casa, sem licença válida.

Já o enteado confirmou ter presenciado algumas das situações de “porrada” de que a mãe teria sido vítima “quando o padrasto ficava irritado” em discussões caseiras “derivado ao álcool”.

O filho da ofendida confirmou que ele próprio chegou a ser ferido com uma foice na cabeça quando se desentendeu com o arguido que lhe retira a alfaia agrícola da mão.

O acusado recusou sempre fazer tratamento por não reconhecer ter um problema e consumir moderadamente.

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