Abrimos porta à esperança, mas precisamos de confiança, consumo, capital e coragem

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Restauração.

A admirável resiliência que os empresários demonstraram até à data terá que continuar por período incerto.

Por Mário Pereira Gonçalves *

A entrada em vigor da quarta fase de desconfinamento para a maioria dos concelhos nacionais, inicia um novo capítulo neste longo período de um ano e dois meses de pandemia.

Dá às atividades económicas da restauração e bebidas e do alojamento turístico mais alento e abre a porta à ESPERANÇA.

Apesar do contexto sanitário ser favorável, sabemos que temos um longo caminho a trilhar, e não é num estalar de dedos que veremos uma melhoria da débil situação em que tecido empresarial do canal HORECA mergulhou.

A admirável resiliência que os empresários demonstraram até à data terá que continuar por período incerto. A pandemia ainda está entre nós e a responsabilidade coletiva de cumprirmos as regras sanitárias será determinante para evitar retrocessos a situações que ninguém desejou.

Os nossos setores de atividade não vão aguentar mais períodos de confinamento. Seria desastroso.Temos feito todo o esforço para informar as empresas sobre o cumprimento das regras sanitárias em vigor, para que os serviços possam ser oferecidos em total segurança.

A CONFIANÇA dos clientes é a garantia de sobrevivência das empresas, pelo que nesta nova fase de desconfinamento é vital o regresso em segurança aos estabelecimentos.As empresas de restauração e similares e do alojamento turístico são as que mais sofrem com as quebras dramáticas da procura.

Até à reposição de uma relativa normalidade na economia, até que as deslocações sejam despidas de medo e desconfiança, a aposta na massificação do CONSUMO é urgente.

Com a confiança reposta e as nossas empresas preparadas para receber clientes, é emergente avan-çar com uma campanha de incentivo ao CONSUMO massiva e universal, que possa responder às necessidades dos consumidores e das empresas.

Será seguramente um estímulo importante para consolidar a confiança do consumidor e incentivar compras futuras.

Por outro lado, é sólido que as nossas empresas irão continuar a precisar de CAPITAL para fazer face ao futuro.

A situação financeira é crítica e o tecido empresarial do setor HORECA precisa de apoios robustos: primeiro, para sobreviver até à reposição de uma atividade aceitável; segundo, para se consolidar e fazer parte da retoma económica.

Nesse sentido, a AHRESP tem vindo a insistir com o Governo na necessidade de diversas propostas que enquadrem reforço financeiro a fundo perdido, mas também ajudas fiscais, como a reposição do IVA à taxa reduzida, ou ainda o plano de longo prazo para amortização das moratórias bancárias.

Por fim, pelas dificuldades que ainda se adivinham, há que ter muita CORAGEM para enfrentar o futuro. Os empresários têm demonstrado que a têm em doses de sobra, mas o contexto sanitário e económico requer que esta atitude positiva e resiliente se mantenha. Neste novo ciclo que se inicia a 1 de maio, abrimos a porta à ESPERANÇA.

* Presidente da AHRESP -Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal. Editorial da revista ‘Manuel de negócios’.

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