A ampliação do Hospital / Resposta à informação pública da CMA, UA e CHBV

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Trabalhos de remoção de amianto, hospital de Aveiro.
Comercio 780

Não me parece razoável que uma decisão desta natureza, dimensão e impacto, formalizada há mais de três anos, ainda não seja explicitada em planos e projetos que nos sejam apresentados e nos ganhem, a todos, “para o que, assim, de facto conheceríamos”.

Por Pompílio Souto *

1) É positivo que as três entidades envolvidas no processo de Ampliação do Hospital Infante D. Pedro (no quadro do CHBV – Centro Hospitalar do Baixo Vouga) e na construção de um Centro Académico Clínico a ele associado (*1) tenham “prestado uma informação pública (…) sobre essa decisão”. É positivo, também o tom adotado e compreensível a enfatização dos apoios institucionais existentes em favor dessa “operação”.

2) Pena é que tal “informação” não responda a nenhuma das “questões objetivas” colocadas no texto a que ela pretende responder (*2) e isso – lamento sublinhar – não me parece razoável, nem me deixa descansado (desculpem a “presunção”):

i. Não me parece razoável que uma decisão desta natureza, dimensão e impacto, formalizada há mais de três anos, ainda não seja explicitada em planos e projetos que nos sejam apresentados e nos ganhem, a todos, “para o que, assim, de facto conheceríamos”;

ii. Não me deixa descansado porque já vi “unanimidades similares” alicerçadas em “ambições pertinentes”, infelizmente assumidas em projetos mal vindos, mal feitos ou inconsequentes.

Finalmente, não questiono legitimidades democráticas mas também não me perturba contraditá-las civilizadamente, sustentado em competências e conhecimento adquiridos, tudo num quadro de “responsabilidade social e cívica” que assumo – e que não é de hoje.

3) Suponho já ter dito o que, por agora, se impunha sobre este assunto, e fico à espera, ou das respostas ao que de facto se pediu – “os estudos e projetos que sustentem a bondade do que se pretende (…) –, ou da avaliação que um dia se fará desta “operação” e dos desempenhos e reações que ela suscitou.

Espero, como sempre vinquei, que – independentemente do que quer que seja – se faça no Hospital, CHBV e UA – o necessário para responder – e bem – à promoção da Saúde, às necessidades dos doentes e à atratividade dos bons profissionais de que todos precisamos.

(*1), Câmara Municipal de Aveiro (CMA); Universidade de Aveiro (UA); Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV)
(*2), “Apelo” do signatário disponível em http://pompiliosouto.blogspot.com/

Pompílio Souto.

* Arquiteto [email protected]

 

 

 

 

 

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