Novo Rossio com cave pronto a lançar a concurso até ao Verão

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Assembleia Municipal de Aveiro.
Comercio 780

O presidente da Câmara de Aveiro conta concluir o processo para lançar a empreitada do projeto de qualificação do jardim do Rossio, no centro da cidade, incluindo cave de estacionamento, ainda durante o primeiro semestre deste ano.

Anúncio feito por Ribau Esteves na Assembleia Municipal (AM), esta sexta-feira, no período destinado a analisar os meses mais recentes da gestão autárquica. Antes, as bancadas do PSD e CDS declararam apoio ao projeto que tem motivado grande controvérsia local.

A ordem de trabalhos da sessão ordinária de fevereiro da AM integra, ainda por cumprir, um ponto para discutir e votar uma proposta do Bloco de Esquerda que recomenda a exclusão da polémica cave de estacionamento do projeto.

Apesar disso, a coligação de direita resolveu ‘atacar’ o tema antes. Jorge Greno, do CDS, mostrou-se confortável com os estudos geotécnicos e as propostas“incorporadas entre o boneco e a versão do estudo prévio agora em cima da mesa, que vão “valorizar” a zona, através da qualificação do espaço verde e ordenamento do trânsito, entre outros melhoramentos. “É hora de começar a obra, para quando ?”, questionou o porta voz da bancada popular, que não está convencido da representatividade do movimento de contestação. “Não têm procuração para falar por todos”, criticou, considerando que a coligação tem legitimidade política.

Para Filipe Thomaz, do PSD, as dúvidas que motivaram “a reação” ao esboço inicial “em pontos que pecavam” estão esclarecidas, “Espantam-me ouvir falar muito pouco do Rossio nesta sessão” referiu, atribuindo tal aos méritos do estudo prévio entretanto elaborado, aumentando o espaço verde e zona pedonal. “Ganham-se 270 lugares de estacionamento, que vai dar uma ajuda”, garantiu.

“Não haverá mais carros no Rossio, com sentido único na Rua João Mendonça deixa de ser local de passagem”, antecipa Manuel Prior, porta voz da bancada social democrata, assegurando o apoio dos eleitos na AM ao parque subterrâneo que irá deixar “zero carros à superfície”.

António Neto, do Bloco, não deixou passar sem resposta a investida da coligação. “As pessoas são contra o parque subterrâneo que tem sido defendido numa política de zig zag: primeiro era para resolver a pressão dos moradores para terem lugares, agora há hotéis de cinco estrelas a fazer pressão. Ninguém sabe quem é a favor”, afirmou.

Pelo PS, Fernando Nogueira, garantiu que a causa do Rossio “não está abandonada”, achando “curioso” a coligação “revelar nervosismo por ausência de debate”. Para o socialista, a maioria “está isolada”, entrando “sozinha” no parque, “se é que alguma vez vai entrar”.

Discurso direto

“Estamos perto de ter pronto o desenho da segunda versão do estudo prévio e a trabalhar muito a sustentabilidade financeira, para dar o passo seguinte, de lançamento do concurso. Bem antes de acabar do semestre contamos ter tudo terminado para lançar a empreitada.
Queria subscrever o que Jorge Greno disse em relação à democracia, à responsabilidade, ao que andamos aqui a fazer, para definir o quadro de princípios de lei e de gestão política em que todos participamos num estado de direito democrático como é o nosso” – Ribau Esteves.

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