Universalidade e Rede Alumni UA

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Universidade de Aveiro.
Comercio 780

Hoje, ontem, amanhã, diria, aliás, sempre, o Universo demonstra que a existência de redes é uma condição necessária para a viver, sobreviver, vencer.

Por Carlos Pedro *

O nosso cérebro é constituído por uma rede quase infinita de neurónios que estão ligados entre si e nos permitem pensar e andar; a nossa pele é constituída por uma rede de células, as células constituídas uma rede de moléculas, as moléculas por redes de átomos ….

Enfim, não existe nada de bom ou de mau que não esteja numa rede, até uma rede de pesca é constituída por pedaços de linhas entrelaçadas entre si, por forma a que criem pouco atrito (ruído) mas consigam captar animais, que fiquem enleados na sua malha.

A função da rede é capturar [do Latim CAPTURA, “ação de pegar, tomar, apreender”] aquilo que for maior que a área mais pequena da malha da rede.

Conseguimos perceber facilmente que quanto mais fina for a malha da rede, mais “coisas” ela
consegue apanhar, e quanto mais larga for a malha menos coisas se conseguem capturar.

Temos a definição de rede e se não percebermos que, sem rede, não se consegue fazer absolutamente nada, então não percebemos o Universo e em particular o nosso Mundo.

Quer queiramos, quer não, estamos numa rede, e depende de nós, que somos os “nós” dessa rede, alargá-la, alastrá-la, espraiá-la por aí para que possa ser uma rede positiva, tendo cuidado com a proximidade entre os “nós”, para que não seja demasiadamente apertada, arrastando tudo e todos, sendo por isso claustrofóbica e indesejável não deixando espaço para cada um dos “nós” poder também ser ele próprio; mas também não deixar que os “nós” estejam muito distantes entre si, porque a rede perde eficácia, só apanha coisa “muito grande”, e o mundo é em grande medida Gaussiano, e tem a diversidade que se quer na rede.

Conclui-se então que pertencer ou não à rede Alumni UA ou à AAAUA não é uma escolha, já
que tudo tem uma rede, mas a única opção é poder transformar a rede numa mais positiva, mais alargada, mais produtiva, mais eficaz tendo em conta os objetivos dos “nós” da rede que somos Universalidade e Rede Alumni UA todos nós, ou, pelo contrário, por ação ou inação transformá-la numa rede fraca.

É preciso ter a consciência que cada um de nós é um “nó” da rede, e que se ninguém tratar da rede, os “nós” ficam fracos, quebram-se e fica tudo cheio de buracos, mas continua sempre uma rede; mas uma rede ineficaz, desestruturada, feia, difícil de ser trabalhada, deixa de capturar e perde a função.

Mas continua uma rede…

Um dia, quando todos percebermos o que é uma rede, e espero-o breve, já que é um conceito básico e elementar, começaremos a tratar dela com carinho e cuidado, porque estamos simultaneamente a tratar dos outros e de nós próprios, e é essa simultaneidade que faz com que as organizações prosperem em todos os aspetos.

Esta visão não pode ser imediatista porque os resultados duma rede não se observam de imediato, mas é preciso inteligência, paciência e resiliência que a AAAUA e a UA já mostraram possuir.

Agora temos que juntar tudo e todos na distância adequada.

Carlos Pedro Ferreira, gestor.

* Presidente da Associação de Antigos Alunos da Universidade de Aveiro. Artigo publicado originalmente na revista Linhas – dezembro de 2020.

 

 

 

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