Trabalhos de desobstrução devem reabrir Mata do Bussaco antes do Natal

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Mata do Bussaco.
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A Fundação Mata do Bussaco assinalou esta quarta-feira o início de uma empreitada para trabalhos de limpeza e requalificação de zonas florestais afectadas pela tempestade ‘Leslie’, ocorrida há cerca de um mês.

Depois de um levantamento de danos e prejuízos, seguiu-se o lançamento do concurso da prestação de serviços pelo município da Mealhada adjudicada por 200 mil euros.

António Gravato, presidente da FMB, adiantou hoje que a limpeza irá abranger cerca de 88 hectares da mata nacional, tendo sido necessário excluir 17 hectares que tinham sido objeto de intervenções anteriores.

As prioridades passam pela desobstrução de caminhos. A mata está encerrada durante dois meses a visitas, estimando um prejuízo de 200 mil euros.

O trilho da Via Sacra estava a receber já uma obra de reabilitação, tendo sido incluída na empreitada agora a iniciar, bem como o trilho das ‘árvores notáveis’, com cerca de seis quilómetros, que está a ser dotado de sinalética, entre outros arranjos.

O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, esteve presente no início dos trabalhos, tendo elogiado “o espírito de unidade” em defesa da “relíqua” florestal afectada pelo mau tempo.

“A tarefa principal do Governo foi de facilitador, após ter estado aqui há um mês”, referiu, lembrando que se trata de “um trabalho especializado que tem de ser tecnicamente rigoroso e monitorizado”.

O Secretário de Estado das Florestas destacou ainda o desempenho “essencial” das equipas de sapadores florestais “a proteger o Bussaco”, acreditando que “antes do Natal” a mata estará novamente visitável.

A intervenção que arranca agora decorre no âmbito de um protocolo celebrado entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e a Câmara Municipal da Mealhada.

Os trabalhos decorrem durante 30 dias com os contributos de colaboradores da Fundação Mata do Bussaco, da Câmara Municipal da Mealhada e da Junta de Freguesia de Luso, de sapadores florestais da Mealhada, Bussaco e Penacova e de centenas de voluntários.