Sever do Vouga e a reciclagem

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Ecopontos da ERSUC.
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Temos povoações no concelho de Sever do Vouga, Paçô e Fontelas entre outras, onde teimosamente, a ERSUC, persiste na afronta de não colocar ecopontos.

A Comissão Europeia colocou Portugal numa lista de 14 países que estão em risco de não conseguir alcançar, em 2020, a meta de reciclagem de 50% dos resíduos domésticos. Pois bem, supostamente, a partir do momento que começamos a aprender a viver, que nos é ensinado o que é certo e errado e a partir disso, reproduzimos os valores impostos pela sociedade. Antes de mais nada, valor moral pode ser definido como “respeito à vida”, não apenas a vida individual mas sim a vida coletiva, já que vivemos coletivamente, dependendo uns dos outros.

Na minha perspetiva, os valores morais são os responsáveis pela manutenção da ordem entre as pessoas, devendo serem ensinados desde o berço. É fácil imaginar em que situação o mundo se encontraria atualmente caso o homem ignorasse as leis formuladas a partir dos conceitos de ética e moralidade, e mesmo assim é aquilo que se vê. É certo que o ser humano possui o direito de ter sua liberdade de expressão e escolha, porém tudo é passivo de limites.

Caso contrário, diante de quaisquer adversidades que surgissem em nosso caminho, retornaríamos ao nosso estado primitivo e resolveríamos todos os problemas de maneira antiquada, desprovida de ética e moral, como fazem os criminosos, notadamente não seguidores dos valores morais, que, diga-se de passagem, é para onde resvala a raça humana na atualidade.

Apesar de estarmos no limite do precipício, continuamos negligentes, porque não tomamos a sério atitudes para que a situação não aconteça, deixamos correr… é o ”Non fare niente” tão peculiar da nossa raça.

No limite, somos imprudentes, sabemos do grau de risco e mesmo assim acreditamos que é possível o “milagre” automático, sem prejuízo para ninguém. Extrapolamos os limites da inteligência e do bom senso, a raça humano no seu melhor! Chegado aqui, o assunto é a reciclagem a que se faz, a que não se faz e aquela que se poderia fazer, se a ERSUC

Os plásticos são fabricados a partir do petróleo e demoram entre 200 a 400 anos a desaparecer do meio natural, tendo o seu fabrico várias questões ambientais associadas.

Portugal está alinhado com a média europeia na taxa de reciclagem de resíduos de plástico (42%), mas apresenta a pior taxa no papel e cartão (70%) e a terceira pior no vidro (58%), segundo dados do Eurostat referentes a 2016.

Esta introdução, para chegar ao cerne da questão.

Temos povoações no concelho de Sever do Vouga, Paçô e Fontelas entre outras, onde teimosamente, a ERSUC, persiste na afronta de não colocar ecopontos de plástico, papelão ou mesmo vidrão por incúria, por inércia, por desleixo, ou simplesmente por se estar a “marimbar” na lei, nos direitos das populações, ou por exercícios economicistas, que ferem princípios consagrados na vasta legislação em vigor.

Provavelmente, porque o “lixo indiferenciado”, aquele que as populações atiram para dentro de um mesmo contentor, (arames, vidros, plásticos, cartão, e orgânicos) pelo tal desleixo, ou apenas por falta de ecopontos apropriados que a ERSUC, sabe não existirem, são pagos à tonelada pela Câmara Municipal à ERSUC, o que, do ponto de vista financeiro, poderá ser óptimo para a ERSUC mas particularmente péssimo para o Município e para os Munícipes em geral.

Se o lixo reciclado não é pago pelo Município, percebemos muito bem qual é a posição da ERSUC nesta postura criminosa.

À boa maneira “tuga”, a ERSUC faz vista grossa das obrigações legais a que está sujeita por lei, contornando as questões através de promessas adiadas, coeficientes martelados, rácios manipulados e outros “fait divers” encantadores de serpentes!

Para a ERSUC, não existe Directiva 2008/98/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Novembro de 2008, Portaria n.º 187-A/2014, de 17 de Setembro, Directiva n.º 94/62/CE, e uma enormidade de legislação que a ERSUC faz “vista grossa”.

Próximo passo, uma “Acção Popular” contra a ERSUC. Se for esse o caminho, porque não?

Artur Arêde.

Artur Arêde, residente em Sever do Vouga [email protected]

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