Reconhecimento eterno aos profissionais do CHBV na resposta ao Covid

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CHBV.
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O Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) assinala, este sábado, nove anos após a sua criação, agregando os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja (c/áudio).

A pandemia impediu a comemoração da efeméride em 2020 e as condicionantes continuam presentes.

O conselho de administração decidiu, por isso, evocar o aniversário com a criação do ‘Dia do Profissional do CHBV’, que passará a celebrar-se a 13 de março, escolhido simbolicamente por ter sido o dia em que foi assistido o primeiro doente infetado com SARS-CoV-2, colocando a instituição, como todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), perante “um dos seus maiores desafios”.

“Um ato simples” mas que pretende “fazer história e marcar o futuro, honrando e homenageando todos os profissionais” dos hospitais associados e “a todos manifestando público louvor”, explica o CHBV que fez distribuir um crachá simbólico alusivo ao dia.

A administração reconhece publicamente “a excelência do corpo de profissionais do CHBV, que, com um louvável espírito de missão e qualidade, responderam a uma situação de pandemia com elevado profissionalismo, serenidade e dedicação”. A pandemia “veio demonstrar publicamente a capacidade e energia do CHBV para crescer e inovar em prol da saúde da Região de Aveiro.”

“É um gesto para marcar o futuro, para as pessoas não se esquecerem do reconhecimento. Estivemos meses largos debaixo de grande pressão. Fica registado o dia em que internámos o primeiro doente de Covid e começámos este grande desafio”, sublinha em discurso direto a presidente do conselho de administração, Margarida França [mais declarações abaixo].

O CHBV tem atualmente 2.060 profissionais, a que se junta um número considerável de prestadores de serviços, sobretudo médicos. Ao todo, trabalham nos três hospitais cerca de 2.200 pessoas.

No último ano, entraram ao serviço para reforçar a capacidade de reposta uma centena de profissionais, sobretudo enfermeiros e assistentes operacionais, mas também técnicos de diagnóstico (farmácia) ou o no serviço de imagiologia.

Discurso direto

“O CHBV demonstrou que tem capacidade e pode ser uma organização maior, com outras especialidades”;

“Nesta segunda fase, parámos o bloco durante duas semanas. Mas estamos em fase de recuperação. Até setembro ou outubro, vamos conseguir recuperar. Nas consultas, todas as especialidades tiveram diminuição, tiveram de ajudar nas enfermarias Covid, dado o volume tão grande de doentes, chegámos a 170. Mas nunca deixámos de fazer consultas, já estamos a fazer um esforço de recuperação”;

“Aprendemos muito na primeira fase. Esta segunda vaga correu muito bem, demos resposta, não houve ambulâncias à porta do hospital. Aumentámos a urgência. Depois foi seguir o plano de contingência. Chegámos a ter sete enfermarias, uma em Estarreja. Neste momento temos sete doentes internados, nenhum em cuidados intensivos. Estamos a preparar o hospital para havendo necessidade dar respostas Covid. Penso que nunca será com este volume, que foi terrível. Não temos há largas semanas contaminação de profissionais, o que é muito bom”;

[Sobre o Centro Académico Clínico] “Trabalhámos muito com a Universidade de Aveiro, quer com estagiários, quer no protocolo dos testes Covid. Já estamos numa dinâmica de trabalhar em conjunto com a Universidade, por estar mais próxima. Temos cursos. Vai ser muito apelativo para os novos profissionais e um salto qualitativo para a região”;

[Sobre a ampliação do hospital]. A Saúde deu parecer final, concorda com o programa funcional elaborado pelo CHBV. Neste momento, a parte do Centro Académico Clínico até já pode ter parecer. Agora precisamos é de dinheiro para o projeto, convinha que fosse uma fase rápida. Basta passar pelo hospital para ver como estamos com falta de espaço, vamos ter de instalar um contentor para o hospital de dia que está em Águeda.” – Margarida França, presidente do CHBV.

Entrevista completa em áudio

Dados entre 13 de março de 2020 a 02 de março de 2021

  • Máximo de 158 doentes Covid internados em enfermaria, 10 dos quais em cuidados intermédios e mais 8 em cuidados intensivos;
  • Cirurgias adiadas: 2.229 não prioritárias;
  • Consultas adiadas: 16.756;
  • Número de profissionais vacinados com as 2 doses: 1334;
  • Testes Covid realizados 52.745;
  • Doentes internados em Serviço de Medicina Intensiva e Enfermaria: 1.123;
  • Número máximo de camas ativadas: SMI 14 camas e Enfermarias 192;
  • Camas ativadas ao dia 02/03/2021: SMI 8 camas; Enfermarias 52 camas.

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