PSD de Águeda defende “nova estratégia” para enfrentar cheias

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Baixa de Águeda.

O PSD de Águeda lançou “um apelo à autarquia” local “para que inicie rapidamente um novo debate” de forma a “definir uma nova estratégia para enfrentar mais situações semelhantes” às recentes cheias que atingiram o concelho.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a concelhia social democrata liderada por Luís Tendeiro afirma-se “desde já disponível para dar o seu contributo”.

Águeda foi atingido pelas duas depressões (“Elsa” e “Fabien”), que causaram a subida do nível do caudal do rio Águeda e uma cheia, atingindo ruas, casas e lojas do centro da cidade.

“Apesar de os moradores e comerciantes terem sido avisados, não contavam com um cenário da gravidade que se veio a verificar”, refere o comunicado do PSD, lembrando que o mau tempo levou ainda ao corte de estradas e diversos caminhos agrícolas, bem como “dezenas de ocorrências” relacionadas com quedas de árvores, elementos de construção ou estruturas temporárias e inundações de estruturas ou superfícies “da cidade até à serra”.

“Na noite mais crítica, o Sr. Presidente da Câmara, Jorge Almeida, referiu que ‘Não faço ideia do que é que vai acontecer a seguir’, o que foi revelador da fragilidade na abordagem a esta situação”, diz o PSD, considerando que, “além dos cuidados a ter no que respeita a previsão e monitorização de caudais” importa “uma mudança de paradigma no que concerne sobretudo ao ordenamento e planeamento do território.”

A concelhia social democrata concretiza: “Até ao momento, temos assistido a uma estratégia de ‘afastar as cheias das pessoas’, quando o principal enfoque deveria ser “afastar as pessoas das cheias’, porque estas em Águeda vão sempre existir e como já referido, com intensidades e regimes cada vez mais frequentes e efeitos nefastos para as populações que se encontram em zonas que, pela sua natureza hidrogeomorfológica, não deveriam ali estar localizadas”.

Para o PSD, “estar ao lado dos interesses dos Aguedenses é ter esta preocupação sempre presente, a humildade de reconhecer a dimensão dos desafios, e agir, sem procurar reclamar ‘vitórias’ que mais tarde são derrotadas pela força da natureza”.

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