Psciologia: Prémio ISPA 2021 para cientista da UA

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A investigadora Natália Fernandes, colocada na Universidade de Aveiro (UA), é a vencedora do Prémio ISPA (Instituto Universitário) 2021, que é atribuído a jovens cientistas que trabalham nas áreas da Psicologia e Ciências do Comportamento.

A agraciada recebeu a distinção pelo “desenvolvimento e validação de uma base de imagens pioneira para estudos em vários campos científicos, a Objects-on-Hands Picture Database.”

O recurso a estímulos visuais, como fotografias ou desenhos, é prática comum na área da psicologia experimental e cognitiva, nas quais trabalha

Natália Fernandes, doutorada, integra o polo do William James Center for Research na UA.

O Prémio ISPA distingue jovens cientistas (com menos de 35 anos e que tenham obtido o último grau há menos de 5 anos) cujos trabalhos de investigação tenham sidos realizados numa instituição de Investigação & Desenvolvimento (I&D) nacional e publicados em revistas internacionais nos últimos três anos

Novas possibilidades de estudo

» O repositório de imagens criado pela investigadora é constituído por 1171 fotografias de 126 objetos de uso diário, divididas em seis categorias: acessórios de mulher, frutas, utensílios de cozinha, objetos de escritório, brinquedos e vegetais;

» O seu potencial abrange áreas científicas que trabalhem com a perceção, a memória, a atenção e o comportamento: “criamos esta base de imagens para usar nas minhas experiências para a tese de doutoramento, mas claro já a pensar na sua potencial utilidade para a comunidade científica. Esperamos sinceramente que tenha impacto”, avança a investigadora.

Discurso direto

“Isto é um aspeto metodológico extremamente importante: num estudo de memória, por exemplo, utilizando esta base de imagens, todos os participantes poderão recordar exatamente a mesma informação, ou seja, o mesmo objeto. O que irá variar será o modo como este é originalmente processado na fase de codificação da informação. Por exemplo, se tivermos umas mãos cobertas com chocolate, podemos de facto dizer ao participante que elas estão cobertas de chocolate ou com diarreia e o processamento será completamente diferente – mas o objeto de interesse mantém-se. É diferente de termos de recordar uma cobra, uma pessoa a vomitar ou uma vassoura, coisas muito distintas” – Natália Fernandes (investigadora).

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