PS defende desagregação de Nossa Senhora de Fátima, Requeixo e Nariz

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Reunião de Câmara em Nossa Senhora de Fátima, Aveiro.
Comercio 780

O PS aproveitou a reunião descentralizada do executivo camarário, esta quinta-feira à tarde, em Nossa Senhora de Fátima, para propor “um debate” em torno da agregação de freguesias.

Segundo o vereador Manuel Oliveira de Sousa, que falava no período antes da ordem do dia, deve ser aproveitado o processo de descentralização colocado em marcha pelo Governo.

“Necessitamos de serviços públicos que consigam gerar maior proximidade e o desenvolvimento de forma integral. E, neste âmbito, repensar a imposição do modelo administrativo com agregação. Pelo menos que haja debate público, iniciar o debate, para criar novas freguesias. O que existe não será do agrado da maioria, mas as pessoas ter-se-ão de pronunciar”, disse o eleito socialista.

A União de Nossa Senhora de Fátima, Requeixo e Nariz foi uma três criadas no concelho de Aveiro aquando da agregação de freguesias.

O vereador referiu-se ainda a outras “questões fundamentais” para as quais a maioria camarária deveria “alterar algumas práticas e, consequentemente, políticas”.

Uma “batalha” em que o PS continua empenhado diz respeito aos transportes públicos e escolares, para que “vários lugares não fiquem sem transportes”, como sucede com as pessoas que pretendem deslocar-se da Póvoa do Valado para chegar a Nariz, por exemplo.

“Melhorar atos médicos e horários” continua a ser “um compromisso” que os socialistas locais assumir defender “junto do Governo”, medidas importantes para manter utentes necessários a cumprir o rácio necessário.

O PS defende a localização de um centro escolar numa “zona chave”, que seja “um factor de atratividade, para manter a coesão social e educativa”, com oferta “diferenciada ao nível do ensino profissional”, e não fechos.

Apoios para habitação social e a requalificação da EN 235, permitindo prioritariamente “reduzir as dificuldades de acesso ao centro da freguesia”, mereceram também referências, bem como a monitorização da qualidade do ar por força da atividade da unidade de tratamento mecânico biológico.

Por último, Manuel Oliveira de Sousa fez “o escrutínio” dos programas eleitorais da maioria PSD-CDS em 2013 e 2017, entendendo “relembrar vários compromissos” por cumprir.

Ribau Esteves critica tom de “comício” da intervenção socialista

Na resposta, o presidente da Câmara começou por criticar a intervenção do PS. “Não vou maçar as pessoas, este tipo de exercício é muito incorreto. Viemos aqui para tomar decisões e ouvir, não para fazer um comício sem qualquer sentido”, disse.

Ribau Esteves garantiu que “todos os compromissos são para serem cumpridos” e “estão todos a serem trabalhados”.

A criação de um serviço de “transportes a pedido, porta a porta”, a decisão de “construir um centro escolar e a unidade de saúde na zona central”. Admitiu que é necessário celeridade. “Temos de andar depressa, devido à perda de população que ameaça o funcionamento das escolas”, explicou, adiantando que a Câmara está a desafectar zonas agrícolas para os edifícios novos.

Na EN 235, “o único problema é a lentidão do Governo” e o ministro Centeno que “não deixa fazer despesa” para uma adjudicação que já está feita. Anunciou, ainda, que a autarquia não desistiu de construir a variante prevista no Plano Diretor Municipal.

“Vem aí dois anos e meio de mandato, temos bem planeado o trabalho para cumprir os compromissos”, assegurou.

Discurso direto

“Não é um comício, é a realidade do dia dia. O presidente é que traz aqui uma variante para daqui a vários anos” – Manuel Oliveira de Sousa.

“Vimos ouvir e não ler programa eleitoral. Em ano e meio fizemos muito. Nossa Senhora de Fátima estava ao abandono, nas estradas, no planeamento, nos médicos” – Ribau Esteves.

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