Percurso pedonal e ciclável do Vale do Arda – oportunidade e desafio

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Ecovia do Arda, foto da Câmara de Arouca.
Comercio 780

Há necessidade de compatibilizar a maior frequência de pessoas com a qualidade ambiental para o rio e afluentes.

Por Pedro Quaresma *

O percurso pedonal e ciclável do Vale do Arda, popularmente chamado de “ciclovia”, atravessará seis freguesias e irá desenvolver-se ao longo do Rio Arda. O objectivo será a ligação entre os pólos escolares, a malha urbana das freguesias e espaços verdes já existentes, com a promoção de meios de deslocação suaves.

Dada a ligação estreita que vai ter com o Rio Arda, será uma oportunidade da recuperação de margens e de uma vigilância mais presente sobre a manutenção da sua qualidade. Dadas as suas margens, em certos pontos, estarem completamente degradadas e invadidas por vegetação não pertencente ao ambiente ribeirinho, será uma oportunidade de restabelecer a galeria ripícola, com freixos, salgueiros, amieiros, sabugueiros, etc.

Também será oportuno fazer uma adequada transição entre a infraestrutura e toda a área agrícola que a irá acompanhar ao longo do seu percurso.

Porque não envolver todo o percurso pedonal e ciclável de espécies agrícolas que preservem o nosso passado rico em variedades vegetais. Temos de tornar o percurso distintivo de todos os outros e mais inclusivo de todas as actividades que se desenvolvem na sua proximidade.

Sendo uma oportunidade para a melhoria de um importante recurso de várias freguesias, também será um desafio de compatibilizar a maior frequência de pessoas com a qualidade ambiental que se deseja e que o Rio Arda e os seus afluentes merecem.

Porque a informação não se esgota neste artigo, os leitores que desejem aprofundar alguns aspectos podem endereçar as questões através do correio electrónico: [email protected].

* Engenheiro florestal. Artigo publicado originalmente no jornal Rodaviva.

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