Ol. de Azeméis: Certificação do pão tradicional de Ul deu mais um passo

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Pão de Ul, Oliveira de Azeméis.

O processo de certificação do pão tradicional de Ul, no concelho de Oliveira de Azeméis, entrou numa nova fase e irá merecer uma homenagem especial no próximo Mercado Antigo.

As entidades promotoras da candidatura remeteram “recentemente” à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte o pedido de classificação como Indicação Geográfica Protegida (IGP) para o produto pão ou pada ao abrigo dos regulamentos europeus.

Informação adiantada hoje pelo presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, na apresentação da edição de 2020 do ‘Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis’, que se realizará a 16 e 17 de maio.

O processo de certificação “encontra-se em análise e a expectativa da Câmara é de que ele seja aprovado”, referiu o edil.

“Após muitos anos ficou, finalmente, concluído um processo que ajudará a proteger o pão de Ul bem como a sua qualidade e o seu modo de produção”, disse ainda Joaquim Jorge.

A candidatura está ser promovida pela Associação de Produtores do Pão de Ul (APPUL) e a empresa Qualifica Portugal, com o apoio da Câmara Municipal.

O processo incluiu várias fases, tendo sido iniciado com uma consulta pública e recolha de toda a documentação necessária, nomeadamente o caderno de especificações, tipologia da denominação, mapas identificadores da zona de produção, limites e documentos relativos ao controlo oficial.

O procedimento comunitário envolve também diversas etapas e até que seja concedida proteção à denominação, através de publicação no Jornal Oficial da União Europeia, ao longo de um prazo não inferior a um ano.

O Mercado à Moda Antiga de Oliveira de Azeméis, este ano, terá um destaque especial ao pão de Ul, incluindo uma homenagem às padeiras, atualmente cerca de duas dezenas.

A 24ª edição, apresentada no Parque Temático Molinológico, em Ul, voltará a recriar o mercado que se realizava no final do século XIX na antiga Praça dos Vales, atual jardim municipal.

O evento ocupará sensivelmente a mesma área de anos anteriores (38 mil metros quadrados) contando com a presença de cerca de 70 artesãos e 90 associações.

Decorrendo nas principais ruas do centro histórico, recorda os costumes oliveirenses com venda dos mais variados produtos, utensílios antigos, música tradicional, animação itinerante, local para degustação gastronómica, jogos tradicionais e artesãos a trabalhar ao vivo.

Há mais de um século o centro da então vila reunia gente de todas as freguesias do concelho para vender os produtos da terra, principalmente agrícolas.

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