Ministro da Agricultura apela a que ninguém afetado pelos incêndios deixe de pedir ajuda

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Representantes da União de Agricultores e Baldios do Distrito de Aveiro (UABDA) aproveitaram a sessão de abertura da Agrovouga, esta sexta-feira, em Aveiro, para entregar um documento reivindicativo ao ministro da Agricultura e Pescas.

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Numa curta conversa mantida com o governante à entrada do certame, Carlos Alves, da direção, referiu, especialmente, “as questões relacionadas com os recentes incêndios florestais”, dando conta de dificuldades em aceder aos apoios que têm sido anunciados.

“Segundo os nossos associados, estão a ser mal orientados na recolha e levantamento das situações. É catastrófica, são vários sectores a tomar conta do problema”, disse o dirigente, adiantando que “não há pessoas no terreno”.

Interpelado por José Manuel Fernandes sobre quando estariam naquela situação, adiantou que “são muitos casos”.

Segundo esclareceu o ministro na resposta, até ao momento, foram recebidas no Norte do País 900 candidaturas e do Centro mais 700 que estão a ser processadas, garantindo que “os apoios de seis mil euros estão a andar”. A tutela foi sensível, entretanto, a pedidos para voltar a alargar os prazos. “O que nós pedimos é: façam as candidaturas, se precisarem de apoio peçam, e as Câmaras Municipais estão a ajudar”, apelou.

São 100 milhões de euros, metade vindo da União Europeia, que estão disponíveis, o que é considerado mais do que suficiente pelo Governo, divididos por escalões. Estarão acessíveis ajudas também para a reflorestação de zonas ardidas. “Vamos intervir quando os solos estiverem em condições, mas vamos acelerar isso ao máximo”, garantiu.

O governante aproveitou para relembrar que o Governo vai avançar em janeiro próximo com um programa para os baldios, territórios que deixaram de ser elegíveis em outros apoios, para diminuição de incêndios, com uma verba de 30 milhões de euros apoiado pelo Fundo Ambiental.

Questionado sobre a proposta de criação de parques de madeira que os pequenos produtores reclamam para “garantir preços justos e evitar a especulação”, José Manuel Fernandes disse não que está previsto “intervir no mercado”, admitindo outras ajudas.

O ministro deixou uma outra recomendação aos agricultores: é importante começar a ter seguros para estes fenómenos”, pediu.

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