A primeira final do Beira-Mar para ‘salvar’ a época foi conquista com uma exibição quase sem mácula em Santa Maria de Lamas, dando um passo importante na fuga à despromoção. Segue-se o Salgueiros, que vai ser preparado, certamente, com o efeito de uma injeção de ânimo extra trazido da cidade corticeira.
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“A mentalidade e a atitude” foram determinantes para colocar fim a um ciclo negativo, que estava a levar a equipa para o ‘abismo’, depois de um início de campeonato promissor. Houve, também, finalmente, eficácia, com dois golos pleno de garra e técnica, dando consequência ao empenho em campo, ao contrário do que normalmente acontecia nos últimos jogos.
“O que fizemos hoje também já tínhamos feito com o Marítimo, na primeira parte e contra o Gondomar na primeira parte. O que foi diferente é que conseguimos manter a atitude ao longo dos 90 minutos, como não tinha acontecido nos dois jogos anteriores sob o meu comando, em que tivemos controlo de jogo, mas pagámos caro erros próprios”, declarou o treinador aveirense em declarações difundidas pela Rádio Terranova.
“Agora a aflição é tanta que uma equipa como a nossa, estando intranquila, percebe que não pode cometer erros”, acrescentou Fabeta, assumindo que na primeira parte o perigo criado pelo Lamas foi mais por demérito dos aveirenses. Mas depois do intervalo, a equipa visitante teve “o domínio” do jogo perante um adversário que procurava o empate, correspondendo como “uma atitude exemplar”.
Segue-se a receção ao candidato Salgueiros, o primeiro dos últimos quatro jogos. “Apenas conseguimos mais três pontos, a que temos de dar sequência, caso contrário a vitória de hoje pouco ou nada vale. Continuamos muito perto da linha de água, com várias equipas a lutar pelo mesmo objetivo. Temos de continuar com os pés bem assentes na terra. O jogo com o Salgueirs vai ser extremamente difícil, uma equipa diferente do Lamas, que luta pela fase de subida. Será um jogo com uma equipa com mais ambição do que o Lamas naturalmente, vai querer os três pontos. Mas neste momento apenas estamos concentrados em nós, referiu o treinador do Beira-Mar.
Talvez por força de erros que têm sido recorrentes, e que custaram muitos pontos, dentro da própria equipa há reduzida tolerância com falhas. No lance que precede o primeiro golo, André Couto protestou com o defesa central Luis Felipe e depois deu o exemplo, protagonizando o lance que colocou o Beira-Mar em vantagem. “Olho para isto de uma forma positiva, tenho incutido que temos de nos ‘cobrar’ uns aos outros. Houve uma perda de bola, não simplificou e levámos a transição, foi um lance perigoso. O Luís Felipe percebeu o erro, não foi por isso que foi substituído, tive de proteger o atleta na segunda parte porque estava com um amarelo. Não foi por eles se terem pegado. Neste momento, temos de ter ‘ranho no nariz’, têm de se cobrar uns aos outros”, concluiu.
Discurso direto
“A primeira parte foi dividida: mais Beira-Mar no início, mais Lamas no final. Num lance em que estávamos a festejar golo, pareceu-nos que a bola tinha entrado, porque levámos a transição e sofremos o golo. Na segunda parte, jogámos mais no meio campo ofensivo, tivemos mais bola sem muitos momentos de finalização. Sentimos muito o segundo golo do adversário. Foi injusto pelo que fizemos na primeira parte” – Zé Paulo, treinador do Beira-Mar.
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