Os encargos previstos com as obras de manutenção do Estádio Municipal de Aveiro estão a ser revistos em baixa, informou o presidente da Câmara de Aveiro ao falar na Assembleia Municipal, esta terça-feira.
O assunto foi levantado por vários deputados. Nuno Teixeira, do PCP, aquando da análise do relatório dos últimos dois meses, constatou que “os problemas estruturais” do recinto construído para o Euro 2004 “não são só na cobertura”, mas também com a degradação da estrutura envolvente às bancadas.
Antes, quando se discutia uma revisão orçamental para incluir o empréstimo destinado à construção do pavilhão – oficina e obras no estádio, o deputado Mário Costa, do PS, questionou se já existem empresas para as obras, procedimento que “só peca por tardio” atendendo ao panorama atual, que implica “uma intervenção urgente”.
O presidente da Câmara adiantou que está uma obra no estádio adjudicada, que é a reabilitação das estruturas metálicas de segurança. Agora segue-se uma segunda, envolvendo “a estrutura principal da cobertura, que se foi degradando”. Outras intervenções estão “em desenvolvimento”.
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Ribau Esteves explicou que “há vários meses, o executivo decidiu fazer uma alteração ao processo” de requalificação do estádio. Existia um orçamento, após auditoria, que motivou dúvidas. “Surgiram ali algumas matérias em que não estávamos confortáveis, não na parte técnica mas financeira”, referiu.
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A Câmara foi “à descoberta da parte projetista” que esteve envolvida no estádio, tendo encontrada “uma parte da empresa e alguns dos técnicos que ainda trabalham”, a quem foi entregue “a reavaliação de algumas soluções construtivas”.
“E ainda bem”, sublinhou o edil, “porque a empresa tem conhecimento profundo de tudo” e isso “dá-lhe a capacidade de estudar a reabilitação diferente de quem não conhece”, pelo que as duas operações lançadas já tem mão dos projetistas. Bem como “a mais complexa”, ainda por lançar, que será para a substituição das placas envolventes do estádio, “por algo a decidir”.
“À medida que nos vai dando soluções, a dimensão financeira de investimento é menor do que tínhamos na razão anterior para que o processo continue, que se faça bem, disso não abrimos mão, mas de forma mais razoável do que previsto na auditoria com soluções de projetos, que fizemos agora para os concursos já lançados”, adiantou Ribau Esteves
“Não nos candidatámos” [à Supertaça]
“A Câmara não perdeu coisa nenhuma da Supertaça. Não nos candidatámos, até que há muito tempo se percebeu que o meu Porto, este ano, tem época sofrível e que era o Benfica e o Sporting que iam disputar a Supertaça, Benrica e Sporting nunca disputaram a Supertaça em Aveiro, em regra o sítio onde os lisboetas estão é no Algarve, nem sequer apresentámos candidatura, por motivos óbvios. Ficámos muito contentes porque ia dar mais um bocadinho de razão, que é pouca, ao fantástico estádio do Algarve” – Ribau Esteves.
Oposição questiona novamente pavilhão-oficina
Pedro Rodrigues, do PAN, voltou a mostrar preocupação com o investimento num pavilhão que é “sorvedouro” do empréstimo pelo risco de “parca utilização”, perspetivando um “novo estádio”. Para Joao Moniz, do BE, o recinto “não é prioridade” nos investimentos municipais, defendendo que o financiamento “devia ser para habitação”.
Mário Costa, do PS, disse que “é um exagero gastar-se tanto dinheiro” para construir o equipamento, dando o exemplo da Universidade de Aveiro que dotou-se de um “pavilhão espetacular” por 8 ou 9 milhões de euros.
Discurso direto
“A Nave da Universidade de Aveiro é ilegal. Exemplo é o nosso pavilhão desportivo” – Ribau Esteves (declarações abaixo).
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