Eleição de deputado da CDU por Aveiro vai “fortalecer a esquerda” – Miguel Viegas

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Miguel Viegas, cabeça de lista da CDU (arquivo).
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A CDU apresentou, em Aveiro, ao final da tarde desta sexta-feira, a lista de candidatos pelo distrito à Assembleia da República, apostando em conseguir um mandato.

Miguel Viegas, que é pela segunda vez cabeça de lista, aproveitou a ocasião para “reafirmar duas coisas importantes”.

A primeira, é que a eleição de um deputado “nunca esteve tão perto”. Uma possibilidade que o ex eurodeputado considera ser “real”, tendo como base “a tendência de crescimento” da coligação PCP-PEV nas anteriores legislativas, que colocaram este “desígnio” a 1600 votos. “Uma margem muito pequena que queremos vencer”, referiu.

Em segundo lugar, o professor de economia da Universidade de Aveiro deu conta, também, “do compromisso da CDU” de usar o deputado pelo distrito, caso seja eleito, para “fortalecer a esquerda”, na medida em que o 16º deputado há quatro anos foi eleito pelo PSD. “Estamos a falar de acrescentar um deputado à esquerda para garantir a continuidade de políticas que temos vindo a tomar nos últimos quatro anos”.

Miguel Viegas admite que as próximas eleições tem “uma singularidade” para a CDU, que está perante a circunstância de “ao mesmo tempo reclamar louros de medidas positivas alcançadas” enquanto parceiro da governação através de acordo parlamentar com o PS, “mas sem deixar de criticar de se tratarem de matérias com alcance ainda curto”, ou seja “estamos perante uma situação que pode parecer ambígua, mas está também plena de potencialidades”. Isto porque “demonstra que a CDU está lá para fazer parte da solução” governativa. “Houve coisas que correram bem, e são claramente superiores, em outras votámos contra. Caberá ao eleitora avaliar na correlação de forças e se vale a pena de apostar nesta solução, não estando o PS em maioria absoluta e precisar de votos à esquerda”.

As sondagens têm refletido importância do PAN, atualmente com um eleito na Assembleia da República e, desde as últimas europeias, um eurodeputado. A CDU tem um parceiro de coligação com matriz ecológica, que é seu aliado histórico ‘Os Verdes’. Miguel Viegas concorda que “são espaços” partidários, políticos e ideológicos “que se sobrepõem”, considerando que “é positivo, porque enriquece a democracia e estreita as margens de progressão dos partidos que vão competir pelo mesmo eleitorado”.

Quanto às sondagens que podem não estar a ser simpáticas para a CDU, o candidato vê os resultados que têm vindo a ser divulgados com muitas reservas, não chegando “para tirar o sono” a pensar no desfecho do ato eleitoral de 6 de outubro.

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