… E houve Regata

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Regata de moliceiros Torreira - Murtosa 2019, foto de ahcravo gorim.
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Com muitos bordos depois da Pousada, até “agarrarem vento”, os moliceiros dançaram mais que correram.

ahcravo gorim *

Apesar de ser contra a maré, até S. Jacinto, e sem vento de norte, ao fim de cerca de 3 horas o primeiro moliceiro chegou a Aveiro.

Contra tudo o que era previsível, sem a espectacularidade a que nos habituaram as regatas marcadas em datas que tiveram em conta, pelo menos as marés, a regata realizou-se.

Participaram na Regata da Ria 11 moliceiros da classe A – moliceiros com mais de 12 metros – e dois da classe B – moliceiros com mais de 6,90m e menos de 12 m.

Com muitos bordos depois da Pousada, até “agarrarem vento”, os moliceiros dançaram mais que correram. O espectáculo não foi o do dar tudo por tudo – quando os barcos mostram o fundo e parece que vão virar – mas o de um bailado.

A classificação final da regata foi a seguinte:

1º Marco Silva
2º José Rito
3º S. Salvador
4º Um Sonho
5º O Conquistador

Não queria deixar de reforçar o já escrito por Diamantino Dias – as condições adversas, à partida, para a realização da regata – e alertar os responsáveis pela sua marcação, para a necessidade de ter em conta as marés, que tão importantes são para o espectáculo, o grandioso espectáculo, da Regata da Ria de Aveiro. Se a data for fixa, ter em atenção a hora da partida que terá de ser variável, se a hora for fixa terá de ser variável a data.

Quem conhece a ria ou nela fez, ou faz, vida, sabe que quem manda são as marés, contrariá-las é esforço vão, a menos que se fique numa secretária.

* Mestre de artes e ofícios.

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