Chega questiona mais valias do PCP com novo prédio na antiga sede na Avenida

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Terreno libertado pela demolição da 'Vivenda Aleluia', em Aveiro, foto divulgada por Joana Luís no Facebook.
Comercio 780

A Câmara de Aveiro comprometeu-se a colocar em exposição pública os painéis de azulejos retirados da icónica ‘Vivenda Aleluia’, a antiga sede do PCP na Avenida Lourenço Peixinho, que demoliu para construir um prédio de apartamentos.

Informação adiantada na última Assembleia Municipal pelo presidente da autarquia depois do deputado do Chega ter levantado o tema no período antes da ordem do dia.

Gabriel Bernardo começou por “felicitar” o PCP “pelo sucesso” que a sua “operação imobiliária especial” estava a ter, ao optar por deitar abaixo uma casa que foi adquirida pelo partido a pretexto de salvaguardar património, com beneplácito da Direção Geral do Património Cultural. No entanto, mais tarde, “num passe de mágica deixou de reconhecer qualquer valor arquitetónico”, o mesmo sucedendo com a Câmara, que “deixou de se opor à demolição”.

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O deputado do Chega questionou se o valor da compra da casa pelo PCP, na altura, foi afetado pela pretensão camarária de classificação como de interesse público e “o que mudou” na administração central e local para abrir caminho ao desaparecimento do imóvel histórico. “Os aveirenses têm direito a saber as respostas a estas questões”, disse

Como tem sido regra, o eleito do PCP presente na Assembleia Municipal não aborda este assunto. Já o presidente da Câmara reafirmou a concordância com a demolição antiga vivenda que aconteceu, curiosamente, a par de trabalhos idênticos na outra casa emblemática da Avenida Lourenço Peixinho, a Casa Liíia.

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A operação do PCP licenciada pela Câmara é considerada pelo edil “um ato positivo para a urbanidade” da cidade. Os azulejos estão “todos recolhidos” com data de exposição já marcada, permitindo “a fruição” do património por todos.  “Quem conhecia os fantásticos painéis do interior ? Nas sedes do PCP não entra qualquer um, mesmo sendo militante”, afirmou Ribau Esteves, desvalorizando os argumentos vindos a público em tomadas de posição a exigir da salvaguarda invocando motivos arquitetónicos. “Licenciamos com gosto, vimos a demolição ocorrer com alegria, como veremos agora o edifício licenciado nascer”, disse ainda o autarca aveirense.

“Estamos felizes da nossa vida (com a demolição)” – declarações de Ribau Esteves na Assembleia Municipal.

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