Burlas através de esquema de créditos financeiros valeu cadeia para três pessoas

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Tribunal de Aveiro.

Dois homens e uma mulher foram condenados, esta tarde, pelo Tribunal de Aveiro a penas de cadeia por burlas cometidas através de serviços de intermediação de créditos financeiros, que terão lesado centenas de clientes em cerca de meio milhão de euros.

O arguido com a pena mais pesada recebeu seis anos de cadeia, euquanto o segundo indivíduo e a mulher ficaram com cinco anos e meio cada.

Os arguidos (dois antigos gerentes da sociedade usada no suposto esquema, com sede em Lisboa, e a ex-esposa de um deles) foram condenados também ao pagamento de uma quantia global de meio milhão de euros, correspondente à perda de vantagens económicas a favor do Estado de proveitos gerados pelo suposto esquema criminoso.

O juiz-presidente referiu na leitura resumida do acórdão que o tribunal deu “a globalidade” da acusação como provada, sublinhando que os crimes cometidos “são severos” e os arguidos revelaram “um elevado desvalor”, atendendo aos montantes de que se apropriaram indevidamente, número de lesados e dimensão territorial. A favor dos acusados pesou a ausência de antecedentes criminais.

A empresa colocava anúncios na imprensa publicitando a prestação de serviços de concessão e mediação de créditos, incluindo para restruturação de dívidas bancárias, para os quais dizia falsamente estar autorizada, assim como acordos nesse sentido com bancos e financeiras, o que também não correspondia à verdade.

O alegado esquema funcionou entre 2012 e o final de 2016 e teve como ‘alvo’ pessoas com dificuldades financeiras e sem acesso a crédito nos circuitos financeiros.

Aos ‘clientes’ angariados era solicitado o pagamento entre os 100 e os 150 euros para despesas administrativas na preparação dos processos de créditos, sabendo de antemão que nunca iriam ser concedidos, nem eram feitas diligências para os obter.

Pelo julgamento iniciado em março passaram cerca de 500 testemunhas.

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