Aveiro: Mercado José Estêvão vai perder a ‘praça do peixe’

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'Praça do Peixe', Aveiro.
Comercio 780

A ideia não é nova, mas desta vez vai avançar mesmo. A Câmara de Aveiro decidiu hoje transferir a venda de peixe do mercado José Estevão (conhecido como ‘praça do peixe’), no bairro histórico da Beira Mar, para o Mercado Manuel Firmino, também no centro da cidade.

O futuro do espaço passa por servir como esplanada coberta de acesso público, com quiosques de apoio (4), que podem ter venda de bens alimentares, e um palco para animação.

Segundo explicou o presidente da Câmara, a gestão e exploração do recinto conhecido pela sua traça e construção em ferro, passará a ser incluída na nova concessão do restaurante, que funciona no primeiro andar. O preço base da renda será de 3 mil euros (o restaurante atualmente tem uma renda de 2 mil euros).

O mercado Manuel Firmino já acolheu, aquando de obras realizadas no secular mercado José Estêvão, os vendedores de peixe. “Foi um sucesso entre vendedores e compradores. Ninguém queria voltar”, garantiu Ribau Esteves.

O vereador Manuel Oliveira de Sousa (PS) disse concordar com “a ideia global” proposta, sublinhando a necessidade de acautelar alguns aspetos. No mercado Manuel Firmino, lembrou, persistem problemas de “calor” desde a renovação do edifício.

O eleito socialista alertou, ainda, para o eventual incremento de insegurança e ruído na zona da ‘praça’, que tem motivado queixas de moradores, com esta nova “potencialidade da noite”. Questionou, ainda, a opção de entrega do edifício a um gestor único.

Sobre as questões térmicas do mercado Manuel Firmino, Ribau Esteves adiantou que foi pedido ao autor do projeto de renovação do edifício uma “solução definitiva” e adequada à venda de peixe fresco.

O edil reafirmou o empenho na fiscalização de casos de infrações de estabelecimentos às regras do ruído. “Não é esta esplanada que vai ter horário até às 4:00 da manhã, seguramente; ainda por cima aqui temos um concessionário, onde a nossa atuação objetiva e legal é maior. Achamos que não é por aqui que vem fator adicional de perturbação, mas um fator adicional de atração de pessoas. Não é um problema novo, já o temos, temos de o gerir, esta solução não o vai agravar”, afirmou.

Ribau Esteves considerou “fundamental” a gestão única do futuro mercado / esplanada / restaurante por razões relacionadas com o funcionamento dos estabelecimentos. Caberá à Câmara depois analisar as propostas que surjam.

A autarquia aprovou esta quinta-feira, também, a abertura de novas concessões para o bar da ribeira de Esgueira, no início do percurso dos passadiços, e do restaurante e bar do centro de congressos.

O líder da edilidade esclareceu que a escolha de futuros concessionários valorizará “a qualidade das propostas” que venham a ser apresentadas para dinamizar os espaços, colocando rendas que são assumidas como “estímulos” para atrair quem tenha a pretensão de “investir mais fortemente”.

Ver comunicado da reunião da Câmara de Aveiro.

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