Aveiro / Escolas: Ano letivo termina com funcionários abaixo das necessidades em todos os agrupamentos

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Escola 2,3 João Afonso, Aveiro.

O ano letivo está agora a chegar ao fim e já são conhecidas já algumas preocupações das escolas relativamente ao regresso às aulas no concelho de Aveiro.

Glória Leite, professora que exerce funções no agrupamento de Escolas José Estêvão, deputada independente na Assembleia Municipal indicada pelo PSD na lista da coligação ‘Aliança com Aveiro’, aproveitou a última sessão daquele orgão, para deixar alguns alertas ao executivo camarário.

A eleita analisou a situação atual das escolas do concelho quanto a recursos humanos não docentes (assistentes operacionais e assistentes técnicos), número de alunos e turmas, tendo concluído que Aveiro não está a cumprir o rácio de funcionários “em nenhum dos agrupamentos” em atividade.

A tendência tem sido sido um aumento das turmas e dos alunos, mas diminuindo “consideravelmente” os recursos humanos para tarefas escolares não relacionadas com o ensino directamente.

“De realçar que há agrupamentos que apenas sobrevivem desde há um ano, de tal modo estão coarctados dos mínimos exigidos”, garantiu Glória Leite numa intervenção sobre a atividade escolar feita em jeito de balanço de final de mandato.

A deputada questionou para quando o fim dos concursos e se existem garantias que as escolas a 1 de setembro terão colocados “todos trabalhadores para cumprir o rácio concelhio”.

Será necessário, lembrou ainda, assegurar a manutenção das empresas de limpeza em dois agrupamentos, que por isso têm menos 25% de assistentes operacionais.

Glória Leite pediu, também, a criação da bolsa de subtituições, atendendo à “taxa altíssima de absentismo”, que era recentemente de cerca de 30 casos. Um panorama que teve impacto. “Não fosse a dedicação e espírito de missão e o ano letivo não teria sido levado a bom termo”, referiu a deputada.

O investimento em “edifícios de qualidade” mereceu aplauso, mas a deputada lembrou que as dificuldades que persistem no conservatório e na escola EB 2 de S. Bernardo terão de ser resolvidos para “o ensino de excelência” que gostaria de ter em Aveiro.

Defendeu, também, “mais apoio ao ensino inclusivo, com mais qualidade e respostas concertadas”, que não sejam apenas apoios e transportes especiais. É necessário, segundo disse, “fazer mais pelo alunos e famílias” que “ganhariam com trabalho profundo e em rede”.

A eleita pelo PSD quis saber, por último, a razão por que o Conselho Municipal de Educação “não reúne mais amiudamente”.

Recursos humanos dentro do rácio no regresso às aulas, garantiu presidente da Câmara

Nos esclarecimentos às questões, o presidente da Câmara disse que as respostas são conhecidas dos professores e agrupamentos.

Existem “problemas delicados” por falta de recursos humanos. “O Governo tem de parar com isto”, exigiu Ribau Esteves ao abordar a “sangria” que acontece nas escolas a nível de assistentes operacionais e técnicos operacionais, que são atraídos por outros organismos da administração central. Um problema comum no país.

A estratégia camarária passa por compor o quadro aproveitando contratados a prazo até agosto, aceder à bolsa do IEFP “para situações mais pontuais” e concluir o concurso aberto.

Não já para os 36 assistentes operacionais e 11 assistentes técnicos iniciais, “mas todos aqueles que sejam necessários para cumprir a 100%” o novo rácio”. “Queremos ter tudo pronto a 1 de agosto. O risco é muito baixo de não estarem todos a trabalhar a 1 de setembro. Vamos estabilizar o que o Ministério da Educação não faz há décadas”, assegurou o edil.

Sobre à requalificação do conservatório e da EB 2 de S. Bernardo, informou que a tutela “pediu mais tempo” para dar andamento aos projetos e relativamente ao Conselho Municipal de Educação considerou que tem reunido “muitas vezes”, assim como o novo grupo de acompanhamento da descentralização no sector da educação.

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