Aveiro / Concessão dos lixos: “A poupança já não é assim tanta” – PS

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Reunião do executivo camarário (Aveiro).
Comercio 780

O PS retomou as críticas ao contrato de concessão do serviço de recolha de resíduos sólidos urbanos celebrado pela Câmara de Aveiro.

O assunto foi abordado na útlima reunião do executivo a pretexto da proposta de pagamento de serviços a mais no valor de 486.500 euros.

“Considerámos desde sempre que este foi um processo mal conduzido. Com um caderno de encargos desadequado, que, tal como nos transportes, é apresentado como um ato político de elevadíssimo rigor e, com o passar do tempo, pouco tempo mesmo, já vem agravar o bolso dos aveirenses para repor níveis de eficiência que deveriam estar bem sustentados no caderno de encargos”, referem os eleitos socialistas na declaração de voto contra.

O PS estranha que oito meses depois da entrega ao novo concessionário seja “necessário” duplicar os dias de recolhas de monos e verdes, bem como aumentar a varredura e colocar recolha ao domingo, “justificando-se com aumento de turistas e de produção de resíduos pelos moradores”.

“Isto não é rigor na gestão pública; trata-se de displicência em prejuízo de serviços básicos e da qualidade de vida dos aveirenses, como diariamente é visto por todos”,, refere os vereadores da oposição.

O PS considera que o aumento dos encargos com os lixos vem ar razão aos alertas que fez também na área dos transportes. “Falámos nos transportes que era uma concessão ‘low cost’ em que se privilegiava um serviço barato e em que não eram tidos em conta os interesses dos munícipes. A preocupação era gastar pouco e dizer que se tinha. Com os resíduos a estratégia foi igual, diminuindo em demasia os serviços no caderno de encargos e não servindo as necessidades dos munícipes”, lê-se na declaração de voto.

Além dos serviços em falta, os vereadores socialistas lembram que a Câmara tem de pagar uma indemnização (750.000 euros) à a anterior concessionária “pela incompetência na gestão do processo”, concluindo que “a poupança já não é assim tanta.”

O voto contra o aumento de 486.500 euros é, assim, assumido “por causa do processo e em coerência com o que sempre defenderam nesta matéria”.

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