Aveiro: Câmara prepara terreno alternativo para construir canil municipal

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Esboço do polo de Aveiro do canil intermunicipal.

O presidente da Câmara de Aveiro espera ver terminados dentro de “poucas semanas” os estudos geológicos para lançar a concurso a elaboração do novo projeto do futuro Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA).

Segundo o edil informou durante a Assembleia Municipal, a autarquia “rasgou” o anterior projeto, atendendo a que teve de alterar a localização prevista para o equipamento.

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“Abandonámos a ideia de construir no terreno onde começou um dia
a obra a ser feita”, adiantou, justificando a decisão pelo facto de se encontrar naquele local uma antiga lixeira. “Um problema igual ao ecocentro”, mas com uma quantidade de resíduos que seria “substancialmente” superior. “Em vez de meio milhão de euros, quantos meios milhões iríamos gastar para resolver o problema”, afirmou.

Assim, a edilidade decidiu avançar com a demolição das ruínas existentes no terreno nas imediações do ecocentro de Taboeira e fazer um arranjo verde, sem retirar o lixo ali enterrado, ainda não existia o antigo aterro.

A nova localização para o canil fica próxima, também na Zona Industrial de Taboeira, é propriedade municipal e está desocupado.

O estudo prévio está pronto para passar a projeto de execução “muito proximamente”.

Ribau Esteves falava do assunto a pretexto do debate de uma proposta de recomendação do PAN “Pela construção de parques de realojamento de matilhas”.

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Proposta do PAN apresentada na Assembleia Municipal

O edil referiu que, mesmo estando a Câmara condicionada por falta de médico veterinário, enfrentando muitas dificuldades na contratação de substituto, por carência de recursos humanos geral, “tem vindo a procurar fazer o melhor”, sendo que “o número de incidências tem vindo a baixar substancialmente”.

“O PAN teve de falar da matilha de 2018, hoje é um episódio raro”, assegurou, lamentando que a legislação atual “seja irrealista” e não esteja a ser cumprida no que toca, por exemplo, a campanhas de adoção de animais junto das escolas ou fiscalização de chips.

Sobre as matilhas, disse que a autarquia está empenhada em “trabalhar para que não hajam” animais à solta sem donos, e as restrições legais estejam a dificultar a sua recolha por serem proibidos alguns “instrumentos” antes usados com esse fim.

Marta Dutra, eleita do PAN, não se mostrou surpreendida com a rejeição da proposta votada favoravelmente apenas pelo seu partido e pelo BE (PS e PCP abstiveram-se), uma vez que tem sido esse o destino de outras recomendações levadas ao hemiciclo local.

A vogal estranhou a falta de ação camarária na recolha de matilhas, quando há “pessoas e cuidadores de animais que conseguem alimentá-los e recolher as ninhadas”.

Aconselhou, por isso, a Câmara também “a aprender com outros municípios onde existem parques de matilhas e ver como estão a funcionar”.

“Temos matilhas até no centro de Aveiro. A Câmara não cumpre os mínimos nesta matéria”, acusou Marta Dutra.

Assistir à discussão da proposta a partir de 3:18:20.

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