Aveiro: Câmara disposta a “complementar” medidas governamentais de apoio ao rendimento

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Reunião do executivo camarário de Aveiro.
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O presidente da Câmara de Aveiro remeteu para “muito proximamente” a apresentação de ações municipais que possam ser entendidas “por bem” aplicar “para complementar” as medidas que o Governo está a lançar para apoiar cidadãos e empresas a minimizar o impacto do aumento do chamado ‘custo de vida’ espelhado na subida galopante dos preços / pressão inflacionista e atualização em alta dos juros, por exemplo.

O tema, em jeito de “proposta”, foi levantado pelo PS, através do vereador Manuel Oliveira de Sousa, no período antes da ordem do dia da reunião pública do executivo, esta quinta-feira.

Afirmando “preocupação” com a atual conjuntura, o eleito socialista questionou a maioria se estaria a “equacionar algum plano” na linha do que foi delineado e executado para enfrentar as consequências da pandemia, ajudando cidadãos e empresas, com uma “atitude proativa e de parceiro” no âmbito das competências municipais.

Na resposta, o edil começou por deixar uma crítica, em jeito de lamento, para a ausência de resposta do Governo a pedidos, alguns deles antigos, dos municípios, atendendo-os nas medidas com verbas que “devolvem” aos cidadãos “o que o Estado tem arrecadado”, nomeadamente em receitas fiscais (baixar IVA refeições e iluminação pública, por exemplo). A Associação Nacional dos Municípios Portuguesa (ANMP) ainda procura ‘acertar’ como as autarquias “podem ser suplementares” das ações governativas que estão a ser lançadas.

“Na Câmara de Aveiro não trabalhamos à moda do Governo do PS”, adiantou Ribau Esteves, criticando a ação “reativa” do elenco. Em Aveiro, garantiu o presidente, trabalha-se “numa lógica de racionalidade permanente” sem “perspetivar” a necessidade de cortar luz ou água porque “as medidas estão tomadas” na sequência de decisões preventivas.

Na “dimensão social” não há registo de aumento de necessidades, mas os “instrumentos” locais, da competência da Câmara, envolvendo parceiros e entidades da esfera governativa, estão prontos a dar respostas a problemas que venham a ser cadastrados.

‘Crise dos preços’ custa vários “milhões de euros” extra ao orçamento municipal

O presidente aproveitou para dar conta que da escalada em sectores que são determinantes na atividade camarária. São os casos das subidas dos preços da energia e a revisão de encargos de obras, só num ano superior aos anteriores oito. Antevê uma “factura brutal”, apontando para “vários milhões de euros” no final de 2022, que será necessário, entretanto,integrar no orçamento para garantir o respetivo pagamento, existindo, ainda assim, condições para “manter as contas em dia”.

“Vamos gerindo com dificuldade e ansiedade as condições sócio-económicas, parte ainda da pandemia, outra parte da guerra e outra ainda de mecanismos de especuladores que tiram proveito de tudo isto”, assumiu Ribau Esteves ao referir-se à necessidade de “gerir os impactos de custos que surgiram sem avisar”.

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