Aveiro (Paços de Concelho ao fundo).

A campanha eleitoral autárquica está a chegar ao fim. Distribuem-se os últimos materiais de propaganda e promovem-se os derradeiros eventos.

É assim, também, no concelho de Aveiro, onde se aproxima uma grande renovação, por força da saída de muitos dos atuais protagonistas nos órgãos autárquicos, seja na Câmara, na Assembleia Municipal e na maioria das Juntas.

Todos os contactos públicos dos candidatos, até às 00:00 de sexta-feira, estão a ser em jeito de apelo ao voto no respetivo partido.

“Estamos muito convictos que vamos estar em vários orgãos” – Miguel Gomes, candidato da IL à Câmara de Aveiro

Miguel Gomes, repetente de 2021 da candidatura da Iniciativa Liberal para a Câmara, traça as diferenças relativamente à estreia. “Acho que já chegamos a quase toda a gente”, referiu, esta manhã, o candidato e líder da estrutura local, acreditando que o eleitorado, desta vez, vai dar oportunidades aos liberais para se passarem a representar nos órgãos autárquicos a que concorrem. Um apelo ao voto da direita, campo em que a IL também se posiciona, mas esperando retorno maior do que seria uma candidatura inserida na coligação proposta pelo PSD.

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“O voto útil nunca é uma cidade para todos” – Bruno Fonseca, candidato do Livre à Câmara, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia de Esgueira 

O Livre apresentou-se pela primeira vez a votos na eleição autárquica. Bruno Fonseca, cabeça de lista, diz que nem por isso a campanha foi desanimadora, pelo contrário. “O peso da responsabilidade da proximidade é maior”, referiu o candidato à Câmara que também lidera a listas para a Assembleia Municipal e Esgueira, mostra-se agradado com as reações, o que foi “uma surpresa boa”, admitindo que ainda está no início o trabalho de implantação eleitoral ‘no terreno’. Bruno Fonseca não vê utilidade que votos do Livre expressos nas últimas legislativas venham agora a recair na esquerda que pode disputar a liderança da Câmara. “O voto útil é votar no mesmo, em décadas de imobilismo e atirrar areia para os olhos dos cidadãos. As pessoas têm de ter o poder de estar no centro das decisões. O voto útil nunca é uma cidade para todos”, declarou.

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“Muitas das ideias do Bloco tornaram-se centrais na campanha” – João Moniz, candidato do BE à Câmara de Aveiro

João Moniz ‘saltou’ da Assembleia Municipal para concorrer à Câmara de Aveiro pelo Bloco de Esquerda, assumindo também a responsabilidade de ser o coordenador local do partido em que o partido procura nestas autárquicas recuperar o ânimo após o desaire das legislativas. O cabeça de lista acredita que as propostas do partido ‘marcaram’ os debates da campanha eleitoral em Aveiro em que o partido procurou demonstrar que o voto não será bem empregue no ‘centrão’, não desresponsabilizando o PS de decisões que não ajudaram a resolver problemas locais, como a falta de habitação a preços acessíveis. “Muitas das ideias do Bloco tornaram-se centrais na campanha, fizemos esse esforço”, estamos satisfeitos e orgulhosos. Agora a bola está no povo aveirense e vamos esperar pelo resultado”, declarou João Moniz, pedindo que “as pessoas votem pelos projetos em que acreditam”. O BE ambiciona “expandir” a representação autárquica. Atualmente eleitos na Assembleia Municipal (2), bem como nas freguesias da Glória e Vera Cruz (1), Santa Joana (1), Esgueira (1) e Oliveirinha (1).

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“Precisamos de trabalhar num rumo diferente” – Isabel Tavares, candidata da CDU à Câmara de Aveiro

Habituada ao ‘mundo sindical’, Isabel Tavares, candidata da CDU em Aveiro, mostra-se satisfeita com a campanha autárquica em que surgiu à frente da lista para Câmara local onde o PCP nunca teve qualquer eleito. Apesar disso, mantém a confiança em continuar a ter representação autárquica, com ponto de partida no eleito na Assembleia Municipal e vogal em São Jacinto.  “As pessoas reconhecem em nós trabalho e propostas que são mais valia”, referiu a cabeça de lista, esperando ter um “acolhimento” que permita alcançar um resultado que vá de encontro aos objetivos. A campanha da CDU procurou dar visibilidade a carências locais em que há “ausências de resposta”, como nos casos da habitação e transportes, recolhendo “queixas” da população também nos cuidados de saúde.  “Precisamos de trabalhar num rumo diferente“, defendeu Os percursos pelas freguesias permitiu confirmar “défice de atenção” da parte da Câmara, defendendo “que o concelho esteja em uníssono” no que toca a condições de qualidade de vida.

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“Com este PSD e este CDS, se quiserem governar será ponto a ponto” – Diogo Machado, candidato do Chega à Câmara de Aveiro

Diogo Machado admite que “seria possível fazer melhor”, mas não deixa de se mostrar satisfeito com a campanha do Chega que concorre no município de Aveiro pela segunda vez, depois de ter conseguido um eleito na Assembleia Municipal.  Adotando uma das frases muito próprias do partido, o cabeça de lista deixa uma mensagem para assinalar a reta final do apelo voto , renovando o seu compromisso de “transparência e fim das negociatas”.  Confiante em aumentar substancialmente a votação, dando sequência ao crescimento nas legislativas, Diogo Machado garante que manterá, a entrar na Câmara, a defesa de algumas bandeiras, como o novo hospital, criticando a presidência da Câmara e o candidato Luís Souto por criarem falsas expetativas em torno da ampliação. O mesmo sucede com a retirada das portagens da A25, o que reflete, acusa o candidato do Chega, que “a influência e peso político” daquelas figuras do PSD em Aveiro “é zero”. Deixa ainda um aviso: “Com Luís Souto, com este PSD e este CDS, nunca o Chega estabelecerá qualquer coligação de Governo. Se quiserem governar, será ponto a ponto. Estaremos na oposição, se não vencermos, a zelar pelos aveirenses”.   Quanto esclarecimento dados por Ribau Esteves sobre o caso Aveiro Expo, em que viu o seu nome na conta de imparidades da agora liquidada por conta de despesas alegadamente não documentadas, quando era diretor da empresa, Diogo Machado responde que motivará uma nova queixa-crime.

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“Queremos ser uma voz para causas que não são prioritárias para outros partidos” – João Almeida, cabeça de lista do PAN para a Assembleia Municipal

O PAN elege em Aveiro desde 2017. Neste mandato, foi representado por dois eleitos na Assembleia Municipal, depois de ter concorrido em coligação com o PS.  João Almeida, cabeça de lista para o ‘parlamento’ aveirense lamenta que várias propostas e recomendações, incluindo assuntos que são ‘bandeiras’ do partido não tenham sido levadas em conta.  A não construção do canil municipal não se resolveu em 12 anos “porque não foi uma questão prioritário”, por exemplo. Em 2025, o partido concorre apenas aos dois principais órgãos autárquicos, esperando com continuar com representação municipal. “A questão animal não é a única que nos move”, lembra João Almeida. “Queremos ser uma voz para causas que defendemos e não são prioritárias para outros partidos”. Ambiente, apoio social e mobilidade são preocupações referidas no programa eleitoral. O voto útil poderá ameaçar votos do PAN, o que João Almeida espera ver contrariado com a importância de manter “a pluralidade”, incluindo na Assembleia Municipal.

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