ASM fabrica infraestrutura móvel hiperbárica para explorar recursos marítimos

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O grupo ASM, através da sua empresa ASM Metalomecânica, está a desenvolver, com entidades do sistema científico, “componentes” que permitam a exploração dos biorrecursos marinhos, “desde a sua captura a elevadas profundidades até à sua reprodução em cativeiro à superfície”.

O projeto ‘HiperSea’ visa fabricar “uma infraestrutura móvel hiperbárica” que permita a recolha de organismos vivos no mar profundo em condições de elevada pressão, baixa temperatura ou extremamente elevada, no caso de proximidade a vulcões ativos, ou mesmo com reduzida luminosidade.

Segundo a apresentação feita por Claudia Matos Pinheiro, chairman da ASM Metalomecânica, em entrevista à newsletter do programa Compete 2020, o equipamento deverá permitir a transferência para uma outra câmara hiperbárica, “que irá mimetizar à superfície o ambiente do fundo do mar nos parâmetros físicos relevantes”.

O projeto do grupo com sede em Sever do Vouga espera criar condições para “a manutenção destes organismos em ambientes controlados e de fácil acesso, não só para aprofundar o conhecimento científico de organismos-chave do mar profundo, como também permitirá o seu uso e dos seus sucedâneos à escala industrial, nas indústrias e serviços identificados anteriormente”.

A ASM e as instituições de I&D envolvidas, esperam “validar estas tecnologias em ambiente relevante, sendo que serão selecionadas áreas territoriais portuguesas com elevada biodiversidade e densidade” para testar a capacidade de capturar seres vivos no solo marinho e na coluna de água a elevada profundidade, a sua transferência para câmaras à superfície e a manutenção dos seres vivo nas mesmas.

Ler entrevista na newsletter do Compete 2020

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