Aquacultura de salmão no mar de Aveiro ocupa 250 mil metros quadrados

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Aquacultura de mar (arquivo).
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A Seaculture SA avança mesmo com a aquacultura de salmão em mar aberto, para já em fase experimental.

A empresa do grupo Jerónimo Martins (Pingo Doce) requereu um título de utilização privativa do espaço marítimo nacional (TUPEM) para a instalação da unidade.

O projeto, que tem o apoio científico da Universidade de Aveiro (UA), “visa a avaliação do crescimento do salmão atlântico em condições offshore na Costa Oeste de Portugal, a cerca de 11 milhas náuticas a sudoeste de Aveiro”.

O TUPEM é atribuído sob a forma de autorização, por um período de 12 meses.

A área total ocupada pelo projeto, incluindo a área de proteção, chega aos 250 mil metros quadrados.

A consulta pública teve início esta segunda-feira, decorrendo até 20 de agosto.

Segundo o edital da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, caso surjam outros interessados a requerer a atribuição do TUPEM para motivos idênticos, será necessário proceder à abertura de um procedimento concursal.

O projeto piloto diz respeito “a novo uso de tecnologia e investigação científica”.

A UA está a dar apoio científico, a partir do ECOMARE, na Gafanha da Nazaré, ao desenvolvimento da unidade de aquacultura no mar, que prevê a instalação de tanques de estabulação,alimentação e gestão dos peixes em sistema em recirculação.

A Jerónimo Martins perspetiva, se os resultados do projeto piloto forem animadores, conseguir colocar no mercado, dentro de dois anos, salmão ´made in Portugal´. O grupo tem já investimentos idênticos na produção de dourada e robalo em aquacultura.