Aos 40 anos, Renault já prepara a próxima década da fábrica de Cacia

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Presidente da República no evento comemorativo dos 40 anos da Renault de Cacia, Aveiro.
Comercio 780

40 anos a desempenhar “um papel fundamental” no desenvolvimento da região e da economia nacional.

As primeiras palavras de José Vicente de Los Mozos, diretor geral Grupo Renault Portugal e Espanha, que acumula com o cargo de Diretor da Indústria Mundial do Grupo Renault, destacaram o contributo da fábrica de Cacia, em Aveiro.

Em 2020, o volume de negócios foi de 213 milhões de euros, o que a torna uma das maiores exportadoras do país e a segunda maior unidade industrial de construtores automóveis em número de colaboradores, cerca de 1100.

No ano passado, a preocupação com a qualificação da mão-de-obra levou a ministrar mais de 54 mil horas de formação.

“O investimento contínuo na fábrica deve-se também à excelência do trabalho dos profissionais da Renault de Cacia”, vincou o responsável num evento comemorativo que contou com a presença do Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na galeria dos prémios que Cacia tem recebido no seio do grupo Renault e da Aliança Renault Nissan Mitsubishi figura já o mais recente, de 2020, que é o Prémio de Segurança atribuído pela ‘joint venture’ de construtores.

A unidade produz em exclusivo para fábricas em todo o mundo da Renault, em 12 países de quatro continentes, com caixas de velocidade e outros componentes mecânicas que equipam diversas gamas automóveis. Em cada Renault, existirá pelo menos uma peça ‘made in Cacia’.

Mais de 500 mil caixas de velocidade saíram em 2020 da fábrica aveirense.

“Todos estes números confirmam a importância da Renault de Cacia para a economia portuguesa, que mesmo com a situação económica desfavorável nunca deixou de aumentar a produção, criação de empregos e investimentos importantes assegurando sempre a qualidade do produto nacional”, sublinhou José Vicente de Los Mozos.

Para o ‘homem forte’ da Renault, o sucesso dos 40 anos cumpridos deve-se, também, “à capacidade de antecipar necessidades futuras em cada década”. Por isso, Cacia “continua a preparar o futuro”, projetando instalar no final do ano “o maior sistema de autoconsumo fotovoltaico em Portugal que irá gerar uma autonomia energética de 13 por cento”, evitar a emissão de 1,8 mil toneladas de CO2 por ano. A Renault poderá produzir a sua própria ‘energia verde’ com “poupanças significativas no seu custo energético”. Um “compromisso importante” na transição energética e de descarbornizar as fábricas do grupo até 2020.

Discurso direto

“Hoje, esta fábrica tem um problema de falta de flexibilidade e cada dia que paramos custa-nos muito dinheiro. Se queremos proteger o emprego, é muito importante termos isso. Não peço mais do que temos em Espanha, França, Turquia e Roménia. A unidade de Cacia tem muito conhecimento técnico e capacidade de desenvolver novas soluções, que poderão colocar os mais de 1100 funcionários a fabricarem componentes para veículos elétricos. No entanto, se no mundo automóvel não se é competitivo e não melhorarmos isso no horizonte até 2035/2040, poderemos ter risco no futuro” – José Vicente de Los Mozos, diretor geral Grupo Renault Portugal e Espanha.

Ordem do Mérito para trabalhador em nome

Distinção a um dos mais antigos colaboradores da Renault de Cacia, em atividade.

Na visita a Aveiro, o Presidente da República decidiu prestar homenagem à Renault de Cacia pelos 40 anos da fábrica local, entregando a Ordem do Mérito a um dos seus trabalhadores mais antigosm “um dos pioneiros”, Hipólito Rodrigues Branco, de 62 anos, de Aveiro, que tem 46 anos ‘de casa’, as primeiras quatro décadas em Cacia e depois numa unidade associada ao grupo, mantendo-se ativo. Uma distinção “em nome de todos os mais” que ficaram ou estão ligados à afiliada da multinacional francesa.

Discurso direto

“A implantação da Renault em Portugal significou um passo muito importante no caminho do desenvolvimento e integração europeia, primeiro com o Governo de Francisco Sá Carneiro e depois com Pinto Balsemão. Recordo-me bem o que significou a inauguração a 11 de novembro de 1981 pelo senhor Presidente António Ramalho Eanes, porque era então membro do Governo. Tratava-se de um investimento de grande significado, trazia um parceiro europeia, a França, que o futuro mostraria vir a ser cada vez mais importante para Portugal. Escolhia o Portugal não centralizado em Lisboa e dava um sinal no sentido daqueles interiores que naqueles dias eram ainda mais distantes do centro do poder nacional. Um grande abraço, muito grato, pelo que ajudaram a mudar Portugal, o reconhecimento por períodos melhores e piores, altos e baixos, da economia nacional e internacional, com a presença firmíssima da Renault e depois Renault Nissan” – Marcelo de Rebelo de Sousa, presidente da República.

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