13 anos de cadeia para sexagenário acusado de estrangular a mãe até à morte

1437
Tribunal de Aveiro.

Um homem de 66 anos acusado de ter assassinado a mãe, de 94 anos, na residência que partilhavam, numa freguesia dos arredores de Aveiro, foi hoje à tarde condenado a 13 anos de cadeia pelo Tribunal de Aveiro.

A idosa vivia sozinha com o filho, de quem dependia em absoluto, numa casa na Costa do Valado, em Oliveirinha.

O arguido negou sempre a acusação imputada. “Não matei a minha mãe”, garantiu no início do julgamento em resposta à juíza presidente.

Segundo o Ministério Público (MP), as lesões encontradas na idosa são compatíveis com um quadro de morte por estrangulamento no pescoço.

Tese que o coletivo de juizes subscreveu por inteiro, dando os fatos como provados. “Não foi acidental, foi provocado por outra pessoa, só lá estavam os dois, foi o senhor que levou a cabo esta conduta, a falecida estava ao seu cuidado”, declarou a juíza presidente.

A favor, pesou a ausência de antecedentes do arguido e os testemunhos de amigos e vizinhos considerando que era uma pessoa “sempre muito dedicada aos pais”, bem como “muito cuidadoso e atencioso” para com a falecida.

“Não quis dizer porque o fez, é um direito seu. Poderia ter sido um momento de cansaço, todavia não explicou”, acrescentou a magistrada ao dar conta do acórdão de forma resumida.

De acordo com a acusação, a mulher foi asfixiada por meio não concretamente apurado, com pressão no pescoço, o que a impediu de respirar, causando fraturas que provocaram a morte. Depois, o filho terá mudado o cadáver da mãe de local, sentando-a numa cadeira de rodas perto da lareira para aparentar queda. E só de manhã ligou ao INEM.

O crime terá sido cometido na madrugada do último Domingo de Junho de 2018. Embora inicialmente relatada como uma queda acidental da cama, suscitaram-se dúvidas sobre a real causa da morte da idosa.

Artigo relacionado

“Não matei a minha mãe”

Publicidade, Serviços & Donativos