Suspeitos de assaltos a cafés e máquinas de tabaco acusados por “dedução”

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Tribunal de Aveiro.

A defesa de um homem na casa do qual a GNR encontrou um cofre que teria sido furtado com 20 mil euros de um café, em Esmoriz, Ovar, considera que não ficou provado, em julgamento, que fosse o mesmo, nem que tivesse aquela quantia.

“Ficam muitas dúvidas, os donos não se recordam da marca, não parece arrombado, não parece que seja aquele”, referiu o advogado nas alegações finais, que decorreram no Tribunal de Aveiro.
Afastou ainda a conexão entre a aquisição de uma moto de água, entre outros artigos, apreendidos, com dinheiro do furto.

O advogado pediu a absolvição por falta de provas de um outro assalto imputado, em que foi arrombada uma máquina de tabaco instalada em outro estabelecimento de restauração e bebidas.

Apesar da GNR ter apreendido na casa do principal arguido um gorro onde foram encontrados vestígios de ADN de outro acusado dos furtos, a defesa entende que não se pode concluir pela intervenção do primeiro no assalto.

Para a defesa do segundo arguido, a investigação apontou os três homens acusados (um está ausente no estrangeiro, tudo indica a cumprir pena por tráfico de droga em Inglaterra) “por mera dedução”, atendendo a que testemunhas declaram terem-nos visto uns dias antes nummdos estabelecimentos e têm antecedentes pelo mesmo tipo de criminalidade, em alguns casos atuando conjuntamente.

Uma mulher, ex-companheira de um dos arguido, responde no mesmo julgamento por recetação.

A procuradora do Ministério Público não deixou cair a acusação, mantendo que existem provas do envolvimento do trio nos furtos a máquinas de tabaco e dinheito de cafés e bares. Os arguidos tinham sido mesmo apanhados em flagrante pouco antes dos factos agora julgados.

Um dos três arguidos está em prisão preventiva. Dois respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida. Os factos remontam a março e maio de 2016.

No primeiro caso, os assaltantes terão levado um televisor LCD, chocolates, diversos maços de tabaco e 230 euros em dinheiro. No segundo, além de maços de tabaco, o cofre com cerca de 20 mil euros e 50 euros de uma caixa registadora.