Três indivíduos de etnia cigana residentes em Sintra foram condenados no Tribunal de Aveiro, esta quinta-feira, por crimes de sequestro, coação e posse de arma proibida em penas de prisão entre 3 anos e 9 meses e 1 ano e três meses, que ficaram suspensas na sua execução.
A ofendida, ex-companheira do irmão de um dos arguidos, de quem tem três filhos, nascidos ainda era menor de idade, foi surpreendida na via pública em outubro de 2022, em Aveiro, onde se encontra acolhida numa ‘casa abrigo’, e forçada a entrar num carro sob ameaça de arma de fogo.
No interior, a vítima foi espancada e molestada sexualmente com apalpões nos seios e beijos, enquanto os agressores filmavam no telemóvel, avisando para outras consequências mais graves se mantivesse a pretensão de reclamar a guarda dos filhos no âmbito de um processo que corria no tribunal de menores de Aveiro. Deram a entender, inclusivamente, que corria perigo de vida, deixando-a aterrorizada.
Em tribunal, os arguidos negaram os factos e mesmo que tivessem estado na cidade de Aveiro no dia das agressões, acusando a mulher de mentir.
O tribunal acabou por dar credibilidade às declarações da mulher para memória futura registadas aquando do inquérito e outras provas, considerando demonstrado o envolvimento dos arguidos nos factos.
Os arguidos condenados por sequestro agravado e coação agravada receberam, em cúmulo jurídico, as penas de 3 anos e 9 meses e 3 anos e seis meses de cadeia. Já um terceiro foi condenado pela posse de arma proibida em 1 ano e 3 meses de cadeia. Nenhum cumprirá a pena caso não cometam outros crimes, ficando sujeitos, ainda, a regime de prova (medidas de fiscalização e acompanhamento por parte dos Serviços de Reinserção Social).
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