Recuperar o fôlego

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Foto APICER.
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Ainda agora começou e já está quase a concluir-se a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, cujo desempenho nunca pode ser avaliado com justiça, sem termos em consideração que a mesma tem decorrido em simultâneo, com a fase mais crítica da pandemia no nosso País.

Por José Luís Sequeira *

Faço votos para que a mesma simultaneidade aconteça no términus de cada uma, ou seja, que o encerramento da Presidência Portuguesa a 30 de junho de 2021, coincida com o fim da pandemia. E se assim acontecer como desejamos, vamos ficar “apenas” com os efeitos sociais e económicos da COVID-19, com os quais teremos que nos debater por mais não sei quanto tempo, e com uma dimensão que só conheceremos, quando for identificada a verdadeira natureza e profundidade dos danos causados.

No meio deste turbilhão de incertezas, sobressai a dimensão da resiliência de que ainda precisamos para recuperar o fôlego, ao qual teremos que recorrer não para voltar ao que fazíamos e ao modo como fazíamos antes, mas para fazermos diferente e para fazermos melhor.

Para fazermos melhor, teremos que apurar o zoom para o objetivo da sustentabilidade, preenchido com metas concretas a atingir, as quais nos obrigam nomeadamente a ser mais eficientes, e a recorrer aos meios digitais que hoje estão à nossa disposição; para fazermos diferente, teremos que nos servir igualmente dos meios digitais, para alguns dos quais até temos vindo a ser empurrados pela crise, dando lugar a novas formas de organização e de trabalho, mormente ao teletrabalho que, para além de constituir um novo desafio à gestão, é também um novo e veemente apelo à qualificação, sem a qual andaremos sempre à deriva.

Aliás, o lema da Presidência Portuguesa é “Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital”. E a cumprir-se este desiderato como tudo leva a crer que se cumpra, vamos ter que estar muito atentos à tecnologia, à ciência e às “bazucas” (venham elas de onde vierem), de modo a que as empresas e a indústria de cerâmica no seu conjunto, possam responder com solidez e consistência, procurando soluções para os problemas.

Para atingirmos os resultados que todos esperamos, bem sabemos que as responsabilidades têm que ser assumidas por todos também, neste caso e em concreto pelos Empresários, pela APICER e pelo CTCV, cada um na sua esfera de atuação, mas todos em conjunto para que a resposta seja “ justa, verde e digital”. No que respeita à APICER e ao CTCV, o que podemos dizer neste momento é que estamos a preparar-nos em conjunto, para cumprirmos a nossa parte nas soluções. Se o lema é o da recuperação, venha connosco e participe nas suas Unidades Autónomas.

* Presidente da Direção da APICER – Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e de Cristalaria. Editorial da Revista Kéramica n.º 369 Março / Abril 2021.

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